segunda-feira, dezembro 21, 2009

MANU CHAO - iluminado

O nome da vez - MANU CHAO.
Acabamos de fazer uma mini turnê pelo brasil com o artista, em uma semana Salvador, Rio de Janeiro e Fortaleza. E da pra imaginar o que foi né?
Apresentações inacreditaveis, 3 horas interminaveis em cada show. Quicando sem parar, Manu coordenou 18 mil pessoas como se estivesse brincando ... variando entre Reggae, Punk Rock e Salsa, Mr. Chao deixou claro como se faz uma bela apresentação sem se prender aos cliches do Showbiz.
Salvador foi muito boa a recepção do povo, o qual lotou a concha acustica do TCA. Dentre os 3 concertos, o que teve maior participação da galera, cantando e dançando todas as musicas, inclusive as menos conhecidas de seu antigo grupo Mano Negra. Dificil foi tirar a banda apos inumeras voltas para o Bis com o publico formando um coral em Pinoccio. Alcançado por alguns fãs, Manu Chao nao deixou a peteca cair e pulou nos seguranças para que nao retirassem a pancada o invasor do palco.
Rio de Janeiro foi bombastico, como sempre. Rodas de Punk se formavam a cada disparada que Radio Bemba soltava. Com peso alem do normal saindo das guitarras do mágico Madjid e do baixo do experiente Gambeat, o pessoal ficou boqueaberto e participaram ativamente do espetaculo, configurando mais um integrante da banda.
Fortaleza foi Fenomenal, cidade polo de Manu e onde possui familia, foi a primeira apresentação do mesmo no local. A barraca do Biruta se Inbirutou de vez, 7 mil pessoas fizeram o caldeirão ferver. Publico sem igual, estavam aguardando o show como se fosse o juizo final, e Manu o fez acontecer. Apos a banda de abertura, The Congos, a praia do futuro presenciou uma apresentação historica, 3 horas de extase musical. Radio Bemba is in the House. E deixaram claro que Fortaleza é a casa deles. Variando seus loops e efeitos com a boca, Gambeat levou a cozinha como poucos, completada com a bateria avassaladora do homem de aço, David, o reggae se transformava em punk com uma suavidade singular. Teclado de Javier e trumpete melodioso de Angelo Manccini fizeram toda diferença nos arranjos. Todos pulando e cantando sem parar, uma energia voltada ao publico, visivelmente desgastados apos o show (só o tecnico de monitor que aproveitou e tirou uma pestana, deixando o grupo na mao).
E Manu?
Seu rosto mostrava tudo, parecia uma criança em seu proprio parque de diversão. Tocava, Cantava, pulava, dava risada, brincava, enfim .... era a noite dele mesmo, fez e refez o impossivel. Maestro da razao social, dos direitos humanos e relator da avassaladora corupçao, Manuel Chao passou sua mensagem como se fosse um profeta. E assim o publico o tratou. Um mensageiro que passou por aquele palco no biruta para transpor uma overdose de energia para todo publico.
E foi assim que tudo chegou a seu final, integrantes ficaram no Brasil para aproveitar o verão, o resto voltaram para Europa, para aproveitar o inverno com suas familias. Inesquecivel e Inimaginavel prazer em trabalhar com essa GIG.
Radio Bemba
Madjid - Guitarras e Voz
Gambeat - Baixo e Voz
David - Bateria e Voz
Phillippe - Percussão e Voz
Javier - Teclado e Voz
Angelo Manccini - Trumpete e Voz.
Produção - Aitziber

MANU CHAO - Guitarra e Voz







A.O.

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Entrevista Rick Bonadio

Confira abaixo a entrevista exclusiva que Rick Bonadio concedeu ao Abril.com:
Abril.com: O que você achou da declaração do Radiohead de que não vai mais lançar discos tradicionais, apenas singles, EPs e faixas pra download? Você acha que pode virar tendência?
Rick Bonadio: Não. Acho que será uma opção de cada um que pode funcionar para poucos. Um álbum representa uma obra e não fica completa, na minha opinião, sem um conjunto mínimo de músicas que tenham um sentido. Singles e EPs podem descaracterizar os artistas e seus conceitos.
Para grandes nomes como Radiohead é fácil abrir mão do CD. Como fica para um artista em começo de carreira? Como é possível ganhar dinheiro e viver de música atualmente com o CD em crise?
Para um artista começando um CD é necessário depois de ele ter alguns hits para mostrar que tenham consistência. Serve para o artista provar que tem força de repertório e que pode seguir uma carreira. Hoje em dia os shows representam uma saída para o artista se manter e também para as gravadoras manterem o investimento nos artistas.
É fato que CD não garante a renda de um artista hoje? Qual saída você apontaria para ganhar dinheiro com música?
Em partes. O CD representa ainda uma boa parcela de receita. A saída é a diversificação do modo de se comercializar música. No celular, na venda pela internet regulamentada, nos shows, nos licenciamentos de imagem e com publicidade.
Alternativas como download remunerado da Trama ou até mesmo o Álbum Virtual da Trama são boas saídas pros artistas atualmente?
Não acredito que seja a saída, mas é muito válida a iniciativa.
A Fernanda Takai e o Pato Fu optaram pela independência para ter um maior faturamento com CD e ter o controle de suas carreiras. Você acha que pra sobreviver em meio a pirataria qualquer aumento de lucro com venda de CD é bem-vindo?
Com certeza o Patu Fu é mais uma vítima da pirataria e do download ilegal, infelizmente. Eu não acredito que eles gostariam de ser independentes. Foram levados a isso por uma situação terrível do mercado que está punindo artistas talentosos.

RESPOSTA DE ANITELLI A RICK BONADIO!!

Recentemente demos uma entrevista para a revista Fórum com declarações sobre o novo momento da música, do mercado e dos modelos de negócio nesta área… Com o intuito de esclarecer nosso público, músicos, usuários da música em geral, sobre toda essa cadeia produtiva e suas ramificações, enfim…
O Teatro Mágico iniciou um movimento chamado MPB (Música para Baixar)! Movimento que se opõe a toda uma estrutura vigente atualmente no mercado que contempla a lógica do capital: Pagou, tocou! isso mesmo! simples assim… relação conhecida como “jabá” – crime que acaba censurando o artista local, independente e que muitas vezes não vê outra forma de mostrar seu trabalho a não ser no Rádio ou na TV!
Aliás… me diga, em qual outro meio de comunicação você espera ouvir música?Qual o caminho para a nova geração de músicos? Correr atrás de uma gravadora qualquer? Ou daquele canal que se diz de música brasileira!? Como divulgar seu trabalho? E depois? Como se sustenta o grupo? Como fazer pra dar sobrevida às coisas todas que produzimos?
O MPB não quer dizer… “estou dando de graça, não valorizo, não me importo, estou abrindo mão dos meus direitos”… de maneira alguma!É justamente o contrário! Você é dono da sua música, não mais a Editora da Gravadora X, Y ou Z! Você cria as licenças sob as quais você quer reger sua obra (Creative Commons), você é quem decide como, quando e o quê fazer com todo seu material!Buscamos transparência junto ao Ecad (orgão que recolhe dinheiro pela execução de uma música) que repassa tudo o que é arrecadado para as 600 músicas mais tocadas no rádio! OPA! Mas perai… eu não toco no rádio! eu não pago jabá!? e agora?Ou seja, mesmo que sua música toque no rádio (um pouco), o retorno disso não vem pra voce… vai para as 600 mais tocadas! e quais são as mais tocadas? as que pagam JABÁ! pronto. fechamos o ciclo da panela toda!
É sabido, que atualmente, as gravadoras não investem mais como antes em grupos novos (do zero!), justamente pela possibilidade e variedade de música que o cidadão comum pode encontrar na net e consumir a vontade! Eles buscam bandas que já tenham certo público, uma carreira mínima, uma relação interessada com a música! e passam o resto do tempo investindo milhões em publicidade, em programações diárias pra fazer você (ouvinte) acreditar que aquilo que esta passando é de fato “vontade do povo”! Isto não é justo, não é democrático e não é transparente… a música livre sim! Você ouve se quiser, baixa se quiser, divulga se quiser! Parafraseando Pena Schmicht: “O que irá prevalecer a partir de agora é o talento!” e não mais o investimento! Não dá pra enganar o público tanto assim com tanta informação acessível a todos! Tiramos a mascara do carrasco que insiste em vestir a carapuça de novo! Chega!Essa atitude de trocar música, compartilhar arquivos P2P, espalhar algo que a gente gosta é natural! sempre foi! Fazíamos isso com as pequeninas fitas K7, depois passamos a gravar CDs e hoje não precisamos mais das mídias físicas… simplesmente mandamos por e-mail e/ou algo assim! O público é o maior aliado que qualquer banda pode ter! É ele que vai alimentar o site, as comunidades, as divulgações e os rumos do grupo!
Dentro deste novo perfil, muitas pessoas têm dúvidas sobre o futuro!
“Meu Deus! E agora? Músico ainda é profissão? Música da dinheiro?Agora ninguém é dono de nada?” – são estas afirmações equivocadas e distorcidas que acabam confundindo o público! E foi assim que, de maneira desastrada e desrespeitosa, Rick Bonadio falou sobre o assunto em questão! Ele, que produziu grandes pérolas do mercado musical (Broz, Et e Rodolfo, Rouge, Dogão, CBJR, Nxzero e Fresno) disse em recente entrevista que: “O artista que libera sua música na internet é estúpido” e à todos aqueles que baixam música disse: “São espertalhões sem cultura” – pois é… Uma pena que alguém com a vivência e experiência que tem, ainda não entendeu o que esta acontecendo no mercado atual! Pena maior é a maneira completamente sem educação que ele se dirigiu a toda uma nova geração que busca soluções e possibilidades para se inserir no mercado musical, inclusive baixando e repassando os grupos que ele produz! Enfim…
Depois de ler a tal entrevista, tentei me comunicar com Bonadio através do twitter, tentei explicar à ele sobre a música livre, o Movimento, nossas responsabilidades como artistas… falei que muitas vezes é o fã mais apaixonado pela banda que vai colocar todo o conteúdo de maneira livre na internet, expliquei que se não fosse isso, milhares de músicos permaneceriam de fora do cenário atual! Falei sobre a possibilidade de trabalho (sim! Dinheiro) neste novo cenário, Chamei pra um debate aberto e esclarecedor… até porque acredito que quem vai ganhar com um debate como este, somos todos nós! Afinal, é importante entendermos a ótica de quem já esta no mercado há um bom tempo e aprender com suas experiências também! sejam elas proveitosas ou não! – infelizmente minha tentativa foi em vão… ele disse que: “O TM é apenas uma exceção”… eu disse que não!Que somos na verdade, uma possibilidade!
Depois ele falou mal de novo do artista que libera música e disse que só faria um debate se fosse qualificado, tal qual havia sido sua conversa com Leoni horas antes no twitter! Pois bem! Eu voltei a dizer que estaria com o próprio Leoni amanhã (17/12) no Rio conversando sobre tudo isso!… mas a partir daí… ele não se pronunciou mais…que pena (de novo)!
O que estamos falando aqui não é sobre a qualidade dos trabalhos envolvidos, nem a quantidade dos trabalhos envolvidos… mas sim, a POSSIBILIDADE de novos grupos atuarem no mercado de maneira honesta, justa, transparente e democrática! O TM se fez assim e me nego a acreditar que esta experiência só funcione com a gente! Até por isso estamos nos mobilizando, comparecendo na grande maioria dos Festivais independentes pra falar sobre o MPB, promovendo oficinas, debates, palestras, inclusive, no próprio site do MPB temos algumas propostas para tudo isto que estamos conversando! http://musicaparabaixar.org.br/?p=518
Se deu certo pra um, que este “um” saiba nos mostrar o caminho das pedras… e não vender pedra a pedra achando que assim esta construindo algo de útil e positivo pra música brasileira!
É isso por enquanto!
FENRNANDO ANITELLI

sexta-feira, novembro 13, 2009

TKV a novidade da Década


Esse post veio pelo fato de meu amigo Vaca nao ter escutado ainda, logico saiu ha 3 dias .... mas com um impacto gigante aos que entraram em contato agora com essa grande obra.

THEM CROOKED VULTURES IS:

Dave Grohl - Drums

Josh Homme - Guitars and vocals

John Paul Jones - Bass

uma jam de tres musicos de gigantesco porte, todos de bandas consagradas (Foo Fighters / Nirvana - QUOTSA - Led Zeppelin)

o resultado esta ai, mto cedo pra comentar, apenas 3 dias de overdose!!!

vai vaca .... chora!!!

abç









A.O.

quarta-feira, outubro 21, 2009

3 Anos!!!!

3 Anos, passa muito rápido ? Lembro-me do primeiro post, um start no Blog, um parafraseamento de um texto chinês muito interessante a respeito do conceito de Musica. De lá pra cá a mudança no sentido e expressão musical foi deformada e criou uma caracteristica inovadora de apreciação da arte.
Tradicional, como julgo, postei o primeiro disco dois dias depois, sendo esse o revolucionario Kraftwerk, eletronico, histórico, delimitador de rotas ..... incongruente.
Muitos discos, muita historia, vários processos de criação ... inúmeros shows ...
Nesse meio tempo defini uma profissão.
Será que vai dar certo? levo jeito pra coisa? como é minha concepção e expressão da arte?
Sei lá, só sei que estou muito feliz onde trabalho e pretendo seguir adiante, com "n" mudanças e aprendizado, mas nunca longe da musica.
3 anos .... o numero 3 implica em inúmeras interpretações, principalmente pelo lado psicanalitico (ID, EGO e SUPEREGO).
Aqui encaixaria isso? talvez (primeiro, terceiro e segundo ano respectivamente). Para alguns essa frase tem sentido para outros nem tanto ... mas que importa? Quem gosta de analisar as situações psicanaliticamente são poucos e eu, inclusive, não tenho o cunho para tal aprofundamento .... tenho que estudar muito mais.
3 porquinhos
3 mosqueteiros
3 patetas
3 lorotas ...
Para celebração desta data nada melhor que chamar, diretamente dos jardins do Éden, as próprias Cilibrinas do Éden, Rita Lee e Lucia Turnbull. Gravado em 73, o disco ficou engavetado muito tempo, pois os produtores da Phillips não gostaram do resultado e queriam guardar Rita para um disco mais pop. Foi resgatado por fãs, os quais fizeram uma reprodução limitada de 500 copias em vinil.
Um dos maiores clássicos do rock n roll nacional, quem este espaço sabe que ainda estou me redimindo do que disse ao subestimar Rita ....

Cilibrinas são:
Rita Lee (violão e teclados)
Lucia Turnbull (voz)
Luiz Carlini (guitarras)
Lee Marcucci (Baixo)
Emilson (Bateria)

Track list:
1 Cilibrinas do Éden
2 Festival Divino
3 Bad Trip (ainda bem)
4 Vamos voltar ao principio por que lá é o fim
5 Paixão da minha existência atribulada
6 Gente fina é outra coisa
7 Nessas alturas dos acontecimentos
8 E você ainda Duvida
9 Minha fama de Mau
10 Mamãe Natureza
11 Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida
12 Mande um abraço para velha


A.O.





Amo Vinyl, Amo esse Som

terça-feira, setembro 29, 2009

Arnaldo Antunes Ie Ie Ie 2009


Produzido por Fernando Catatau (Cidadão Instigado), o mais recente trabalho de Arnaldo Antunes vem na contra mão do processo em que vinha realizando. Depois de seu "Ao Vivo no Estudio" e "Qualquer", o play oferece uma sonoridade totalmente retrô.

Fernando veio com palpites que tornaram os arranjos mais dançantes, com pegadas rock ´n´roll bem definidas, como na propria faixa titulo. Cançoes como "Vem cá" e "A casa é sua", apresentam um experimentalismo nos timbres de guitarra, piano e um back vocal muito singular.

Estamos aqui, a frente de um trabalho ousado, seguindo as tendencias das quais bandas novas estão se reclusando. Poucas notas, simplicidade e metas definidas para toda composição concreta do trabalho.

As linhas de bateria se destacam por levadas retas, bem anos 50. "Luz acesa" e "Sim ou não" destacam esse introsamento natural entre a cozinha da banda.

Gravado por Chico Salem (violão e Guitarra), Betão Aguiar (baixo) e Marcelo Janeci (teclados), somados a Guitarra de Edgard Scandurra e Bateria de Curumim (citado aqui como a pessoa mais ativa na produção fonografica no Brasil, lançando esse ano seu disco e participando de varios outros, dentre eles Céu e Arnaldo). O engenheiro de Som e Mixagem é o requisitado Yuri Kalil, em seu proprio estudio Totem.

Vale ressaltar os parceiros de composição como Carlinhos Broen, Marisa Monte, Liminha, Paulo Moklos destre outros mais.



DOWNLOAD



MYSPACE



A.O.

segunda-feira, setembro 21, 2009

Duo

Bom, esse foi um Rancabosta que eu e meu amigo Fred fizemos semana passada no Estudio Produssom em São Paulo.
Há tempos queria voltar a tocar e, sem esse compromisso de tirar musica, cada vez fica mais prazeroso.
Vamo que Vamo,
Music alive always!!!




A.O.

sexta-feira, agosto 14, 2009

Onde se Encontra nossa Liberdade de Expressão?

Jovens, estudantes, participativos e com um papel ativo na contestação dos atos politicos presentes em nosso congresso são presos pela politica do Senado.
Passaram um bocadinho no calabouço da Policia Legislativa.
Como o proprio agente disse "todos estão presos".
Seriam eles os criminosos mesmo?
por que, por mais que se prove, essa corgia não rebuncia? não respeita aqueles que os colocaram onde estão.
Dinheiro
Poder
Ansia
"keep your friend close, but your enemies closer"



A.O.

quinta-feira, agosto 06, 2009

A Fumaça do Seu Cigarro tem Som


Graças a Deus o Governador de São Paulo foi totalmente coerente com a aprovação da lei que proíbe fumar em lugares fechados e públicos. Digo isso por que, obviamente, não sou fumante tabagista.
Agora, gostaria de saber se ele não poderia aplicar a lei que proíbe o uso de celulares com auto falantes em lugares públicos (não necessariamente fechados).
Hoje vindo para o trabalho, e não foi a primeira vez, um adolescente entra no ónibus, tranquilo, sossegado, na dele mesmo. Logo, senta ao lado de uma senhora, aparentemente simpática, e, sem aviso, sem questionamento e, principalmente, sem a educação que era devida, liga seu celular, significativamente com volume alto, exteriorando fezes auditivas. Um Funk, as 8 da manhã, alto, para todos ali ouvirem.
Com certeza o garoto supunha que todos tinham o mesmo desgosto musical que ele. Supunha que aquilo que saia de seus míseros falantes era uma impecável e festiva devoção musical.
A sua direita, a senhora, toda recatada, com toda educação que lhe foi dada em sua vida, virou-se andou até a porta e pediu para sair do ónibus, antes de chegar ao ponto que pretendia, obviamente. Sem argumentar, titubear, ela, com toda delicadeza, saiu do espaço publico, que lhe era de direito gratuito, e preferiu demorar a acompanhar a ignorância de certo sujeito. O rapaz continuou.
Ninguém lá reclamou, ninguém advertiu a pessoa, mesmo por que não há restrições a uso publico de celulares, mesmo sendo uso em espaço publico para adorações individuais.
Para tanto, não questiono a proibição de aparelhos como esse, ou mesmo a não difusão da arte musical, pelo contrario, trabalho com isso e dependo da divulgação. Mas aqui venho requerer o mínimo de cada cidadão dos quais residem em uma cidade com 15 milhões de habitantes, o discernimento.
Por que colocar em alto e bom som musicas das quais você não sabe se o próprio gosta ou não?
Imagine se fosse ao contrario: O garoto lá na dele, tranquilo indo para a escolinha, subitamente aparece uma senhora e, com seu celular coloca um Waldik Soriano nas alturas, cantarolando suas modas e clássicos nas alturas. Será que ele sairia? será que responderia a uma pessoa mais velha? ou mesmo daria risada da mesma.
Mas não, é preferível que aceitemos e escutemos o que não queremos.
Se existisse um aparelho do qual medíssemos o estress nas pessoas provocadas por esse ruído estrondoso, antes e depois de uma pequena exposição, talvez teríamos um argumento consistente para tal fato. Aparelho como aquele do qual Drauzio Varella expõe na propaganda anti-tabagismo.
Necessitamos de educação, não podemos dar uma arma na Mao de uma pessoa sem ela saber utiliza-la socialmente.
Espero ainda entrar em qualquer transporte publico e encontrar uma plaquinha proibindo o uso de aparelhos de áudio sem sua devida restrição individual, alias, não estamos sozinhos nessa.
A ignorância não parte, a principio, do gosto musical, e sim como você expõe sua apreciação.

A.O.








terça-feira, agosto 04, 2009

MONOBLOCO - Via Funchal nesta Sexta


M – O – N – O – B – L - O – C – O, que beleza, uh, Monobloco! Quem já foi ao show conhece o grito de guerra, entoado por milhares de pessoas a cada apresentação do grupo. Consagrado por incorporar diversos ritmos e estilos musicais à batida do samba, o Monobloco é a cara do Rio de Janeiro. E agora, além de dar o tom do carnaval carioca, leva sua batucada inovadora pelo mundo afora. Só no ano passado, o Monobloco fez shows e ministrou oficinas de percussão na Irlanda, Inglaterra e Dinamarca. Em 2008, já participou dos dois principais festivais de música da Oceania: o Sydney Festival, na Austrália, e o Jambalaya Festival, em Rotorua, na Nova Zelândia.
Idealizado em 2000 pelos integrantes da banda Pedro Luís e A Parede – Celso Alvim, Mário Moura, Sidon Silva, C.A. Ferrari e Pedro Luís –, o Monobloco hoje está entre os grupos brasileiros que contabilizam mais apresentações durante o ano todo. Em 2007, os cinco Plaps (como são conhecidos) e os músicos que formam o grupo fizeram mais de 90 shows, uma média de quase oito shows por mês.
Na voz dos cantores Pedro Luís, Fábio Allman, Renato Biguli e Alexandre Momo, o repertório eclético vai das marchinhas tradicionais de João Roberto Kelly ao samba de Cartola e Clara Nunes, passando pelo xote de Alceu Valença, o forró de Luiz Gonzaga, o funk de MC Leonardo, além das canções de Paralamas do Sucesso, Raul Seixas, Tim Maia e outros grandes nomes da MPB. Uma ode à música nacional com o genuíno batuque do samba.
A mistura inusitada também está presente na bateria. Aos tradicionais instrumentos de escola de samba_ como cavaco, repique, tamborim, chocalho, surdo e agogô _, foram incorporados recentemente à batucada um baixo e uma guitarra. “Isso é o que o Monobloco tem de melhor”, diz Pedro Luís. “Um repertório de baile, com variadas vertentes da música brasileira, tratado de um jeito muito peculiar e valorizando o instrumental das escolas de samba.” O maestro Celso Alvim faz coro: “A variedade de estilos musicais e de repertório, tocados por uma bateria de samba, causa surpresa grande no público.”
No desfile pela orla de Copacabana, que tradicionalmente encerra o carnaval carioca, o Monobloco conta com uma bateria com cerca de 150 integrantes, formados pelas oficinas de percussão ministradas ao longo do ano. E, para viajar, eles criaram um formato reduzido batizado de Monobloco Show. Além dos cinco Plaps, integram o grupo outros 15 ritmistas, todos músicos profissionais da cena carioca.
http://www.monobloco.com.br/ ou http://www.monobloco.org/

Reliese - Cristina Rio Branco

A.O.

quarta-feira, julho 15, 2009

Mistah George!!


Então, um p... dum Clássico.

Até então nao tinha achado pra postar, mas tambem nao mantinha grande interesse. Devido a outras espectativas.
Mas nao poderia faltar tb né?
George Harrison
All things Must Pass

A.O.

sexta-feira, julho 03, 2009

LOKI - Arnaldo Baptista


Fim de semana passado fui ao cinema, habito que não cultivava há algum tempo, assistir um documentario a respeito do maior musico brasileiro de nossa época (não sei se da nossa né por que sou de 81). LOKI - Arnaldo Baptista.
Na minha concepção Arnaldo Baptista supera, em todos os quesitos, qualquer musico brasileiro de 1960 pra cá, por que não dizer do mundo? Inteligente, sarcástico, gozador, influente ..... mutante. O artista está em um patamar que poucos estão e, pelo que se percebe, ninguem em sua época, conseguiu compreender essa astração. Como ele mesmo diz "Gostaria de viver em uma época em que eu falasse X e eles entendessem X e nao Y".
O longa é o primeiro que sai pelo Canal Brasil, feito propriamente para execução televisiva, o documentário se superou e tornou-se um longa exibido e premiado tanto na Europa quanto na terra do Tio Sam.
Começa com o proprio andando em sua casa no sitio em Juiz de Fora, MG, dentre os numerosos comodos, um atelier, onde exterioriza todas suas emoções através da pintura a óleo. Um lápis traça os primeiros riscos de um desenho a ser completado durante todo o documentário.
Contando com as mais variadas participações e imagens da época, o conteúdo se fortifica a medida que os relatos a respeito de toda turbulência de vida é apresentado.
Quando criança, sua relação com o pai e, principalmente com a mãe, execelente instrumentista classica, assim como dos irmãos Sérgio e Cláudio, o inicio da vida musical, a presença de Rita Lee, o inicio dos mutantes, as relações com as drogas, os conflitos, o disturbio, a tentativa de suicídio e o recomeço de vida. Tudo relatado de forma coerente e testemunhal.
Nele Sérgio fala a respeito do irmão como sendo um mentor, um parceiro descomunal, engraçado e cúmplice. Dinho relata suas experiências com Arnaldo como se fosse o homem que revolucionou a sua vida, assim como a musica Brasileira. Paulinho Petcov comenta a respeito das primeiras viagens de LSD, ressaltando que não iniciou ninguém a esse mundo, "todos eram maiores de idade e fizeram o que achavam que era certo". Rogério Duprat o coloca como responsável por tudo que aconteceu na musica brasileira após a passagem de Arnaldo pelo showbiz. Tom Zé explica a troca de papeis sociais, onde os universitários nao ensinaram nada a Arnaldo e sim foram lecionados por ele, o qual não tinha graduação. Liminha relata frustradamente o final da banda, o progressivo e o tormento devido ao uso lúdico do LSD. Gilberto Gil falando de sua surpresa ao ser apresentado a eles pelo maestro Rogério e a fascinação pela musicalidade dos 3. Kurt Cobain mostrando os álbuns dos Mutantes, ressalvando a genialidade do compositor e a sua necessidade em conversar com ele em sua passagem pelo Brasil. Sean Lennon, tendo um papel fundamental convidando-o para uma participação em seu show, colocando no palco Arnaldo depois de anos. E Lucinha Araújo, a qual tirou ele do sofrimento solitário e trouxe a vida novamente através da insistência. Lobão, João (pato fu) e Zélia Duncan tem suas participações importantes como produtores e participantes dessa nova era Mutante.
E Rita?
É colocada como uma figura externa, responsável pela maioria dos acontecimentos. Ela se faz permanente por todo filme, como participante e influente pela parte artística e emocional. Tida como um Fantasma, formado pelo amor e a incompreensão. Desmentida quando diz que saiu da banda sendo expulsa, confirmada quando o assunto é a paixão. Nenhuma palavra dela se faz por necessário.
Arnaldo explica os acontecimentos depressivos, como a internação por 5 vezes e a vontade de se sentir livre, fazendo com que cometesse a tentativa de suicídio. Discorre a respeito de seus projetos posteriores Solo e com a Patrulha do Espaço. Assim como a felicidade em voltar aos palcos, como na apresentação histórica no museu do Ipiranga, na comemoração do aniversário de São Paulo.
Por fim o desenho acaba, deixando algumas perguntas no ar, mas também consolidando-o e não deixando duvidas da importância de Arnaldo Baptista para a musica contemporânea mundial
GOD BLESS ARNALDO BAPTISTA

A.O.




quarta-feira, julho 01, 2009

Divulgação


CARLINHOS ANTUNES E ORQUESTRA MUNDANA
LANÇAMENTO NACIONAL DO DVD


Teatro do SESC Pompéia dia 03 de julho às 21hs

03/07- sexta - às 21h
SESC Pompéia-teatro

R. Clélia, 93-fone: 3871-7700

Carlinhos Antunes e Orquestra Mundana
Lançamento do DVD - gravado no Auditório Ibirapuera

Músicos
Carlinhos Antunes,
Rui Barossi, Beto Angerosa, Simone Soul, Luis Cabrera,
Laura Sokolowicz, Gabriel Levy, Thomas Rohrer e Danilo Penteado

Participações especiais:

Ursula Correa e Deborah Nefussi - baile flamenco

KANCHAN MARADAN - kathak indiano

Nosso único patrocinador é você, apareça e divulgue.








A.O.

terça-feira, junho 30, 2009

mão de oito, dia 2 de julho no Studio SP! Presenças ilustres de Marcela Bellas, Emicida e Kamau!

Influenciado por nomes como Tim Maia, Roberto Carlos, Chico Science, Stevie Wonder e Bob Marley, o sexteto mão de oito mostra as músicas de "Vim EP", além de novidades que estarão no próximo trabalho. A apresentação conta também com a presença da cantora Marcela Bellas e dos MC´s Kamau e Emicida.
Um dos diferenciais do grupo formado por Cohen (guitarras, violão e voz), Bicudo (Rhodes, Moog e voz), Toca Mamberti (guitarras), Rafa Rodrigues (baterias), Edu Aun (baixo) e Careca (percussão e voz) é a forma como equacionam arranjos elaborados e poesia nas letras, sem perder a vocação dançante das melodias inspiradas principalmente por ritmos como soul, funk e reggae.

Estão todos convidados!

Mais informações sobre as atrações:
www.myspace.com/marcelabellas
www.myspace.com/emicida
http://www.myspace.com/kamau76kamau76
Música e outras informações: www.myspace.com/maodeoito
Fotos: http://www.flickr.com/maodeoito
Twitter: http://twitter.com/maodeoito
Clipe de "Vim": http://www.youtube.com/watch?v=nbEk1AR9PJg

SERVIÇO
mão de oito no Studio SP
DJ residente: Valter Nú

Data: 2 de Julho – quinta feira
Local: Studio SP - Rua Augusta, 591
Abertura da casa: 23h
Horário: 0h
Preços: R$ 15,00 (com nome na lista e até 1h do dia 3/7) e R$ 25,00
Lista: studiosp@studiosp.org

Credenciamento e informações para imprensa
Renata Lima – renatalima01@uol.com.br – 11 7881 6776

De tom zé para Michael Jackson‏

Leia "Amado Michael", poesia de Tom Zé em homenagem a Michael Jackson
AMADO MICHAEL(Tom Zé)

Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.

Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.

Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.

Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.

II

Da Grécia três te trouxeram
GraçasArcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.

Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?

Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera.

sexta-feira, junho 26, 2009

O dinheiro de Caetano Veloso

GILBERTO DIMENSTEIN
Se Caetano quiser ter apoio da Lei Rouanet, que apresente um plano de shows públicos ou de aulas a estudantes de música

Passa assistir neste final de semana ao show "Zii e Zie", de Caetano Veloso, paguei R$ 290 por dois ingressos -as duas horas de espetáculo terão custado mais da metade um salário mínimo ganho por muitos trabalhadores depois de um mês de trabalho. Apesar de as cadeiras, espremidas em torno de uma mesa, ficarem longe do palco e não apreciar gente bebendo ou comendo enquanto ouço música, não reclamo: o show vale o preço. Até me dispus a pagar um pouco mais se encontrasse um lugar melhor. Não tinha.O que me incomodou foi saber que Caetano Veloso tem a chance de receber dinheiro da Lei Rouanet (R$ 2 milhões) para a turnê nacional desse espetáculo, com a interferência direta do ministro da Cultura, Juca Ferreira. Aparentemente, não há nenhuma ilegalidade no patrocínio -aliás, concedido, mais uma vez com a intervenção do ministro, a Maria Bethânia.Nem Caetano nem Maria Bethânia estão fazendo nada de errado; estão seguindo o que a lei permite. Mas esse tipo de fato acaba estimulando o debate, cada vez mais efervescente, sobre a lei de incentivos fiscais para a cultura.

É óbvio que Caetano e Maria Bethânia não precisam de dinheiro público para fazer seus shows -assim como também não fez sentido, por exemplo, a verba incentivada para o Cirque de Soleil, cujo ingresso pode chegar até a R$ 490 e a pipoca (e aqui não vai nenhum exagero) custa mais do que o "PF" de um operário.Supostamente, a reforma da lei de incentivo à cultura veio para corrigir essas e outras distorções e desperdícios. Isso não significa que se deva confiar na capacidade gerencial das burocracias públicas.Se todo o dinheiro arrecadado até agora com o incentivo fiscal se transformasse em imposto e ficasse nas mãos só do governo, acabaria, em boa parte, sustentando salários de funcionários -isso se não ficasse preso por alguma restrição orçamentária ou fosse desviado para protegidos políticos. Desapareceram os bilhões de um fundo (Fust) para informatizar as escolas.Se, na cidade de São Paulo, ir a museus virou programa de pobre, como mostra pesquisa do Datafolha, é por causa da lei de incentivos fiscais. Não haveria, por exemplo, um Museu da Língua Portuguesa -nem concertos de música erudita a preço popular.

A melhor contrapartida a esse do benefício fiscal é quando ele se converte em educação pública. É sabido que estímulos culturais como a dança, a música, o teatro, as artes plásticas e o cinema são uma extraordinária isca para o aprendizado -e uma alavanca para desenvolver na criança e no jovem a capacidade de interpretar a realidade. Não deveria, aliás, existir nenhuma separação entre educação e cultura. Não existe pessoa educada sem repertório cultural -e não existe repertório cultural sem educação.Por isso, foi um avanço o acerto entre o governo federal e representantes de empresários para maior aproximação entre as escolas públicas e o chamado "Sistema S", como Sesi ou Sesc. Se está sendo implementado, é algo a ser observado -a minha impressão é de que, por enquanto, a ideia está mais no papel.

Na semana passada, relatório do Unicef mostrou, mais uma vez, a debandada de jovens do ensino médio. Se as escolas tivessem mais conexões culturais, seria menos difícil conter essa evasão.Os incentivos seriam muito bem usados se a contrapartida se traduzisse não apenas em ingressos gratuitos mas também em programas para o envolvimento das escolas, com direito à formação de professor. Se o Caetano Veloso e todas as celebridades artísticas quiserem cobrar até R$ 500 por uma cadeira num de seus shows, sem problema.Mas se quiser ter apoio da Lei Rouanet, ele que apresente um plano de shows públicos ou aulas-espetáculo para estudantes de música. As escolas poderiam transformar esses espetáculos em momentos inesquecíveis na vida dos jovens -e fontes de aprendizado.

Um pouco desse espírito transgressor aprendi a apreciar ouvindo Caetano Veloso. Pelo menos quando ele e tantos baianos se mostravam novos e caminhavam contra o vento sem lenço e sem documento.

PS - Por falar em educação e cultura, estou lendo um livro delicioso, intitulado "O Clube do Filme". David Gilmour, crítico de cinema canadense, tem um filho (Jesse) que não queria ir para a escola, onde não aprendia nada e não lia nenhum livro. Relutante, concordou que o garoto não precisaria mais estudar e poderia acordar quando quisesse, mas com uma condição: deveria ver e debater com ele todos os dias pelo menos um filme. As obras permitiram que Jesse não apenas sofisticasse sua visão do mundo mas também se interessasse em aprender. Perguntei a Gilmour, na semana passada, como estava seu filho: "Está feliz.Voltou a estudar e, além de chef de cozinha, escreve roteiros para cinema". Pela repercussão do livro em várias países, Gilmour percebeu que a dificuldade de alunos brilhantes com suas escolas é um problema mundial. Coloquei em meu site(www.dimenstein.com.br) trechos do livro. É o melhor livro para introdução ao cinema que já li -e um notável plano de aula sobre como se usa a arte para enriquecer o aprendizado.
Por Gilberto Domenstein
A.O.

quarta-feira, junho 24, 2009

Paralamas fazem sua melhor turnê em anos

Pegue músicos talentosos, experientes e com muita vontade de tocar, some a um vasto repertório de qualidade e, pronto, tem-se o atual show dos Paralamas do Sucesso -um espetáculo, na melhor acepção da palavra. Montada para divulgar o último disco da banda, "Brasil Afora" (lançado em fevereiro), a turnê, que passou por São Paulo no último fim de semana e segue para o Rio na sexta, é a melhor do trio nos últimos anos, em parte graças ao álbum que lhe serve de base. As cinco canções de "Brasil Afora" que aparecem entre as 27 do set list são as melhores que o (bom) disco tem -"Sem Mais Adeus", "Meu Sonho", "A Lhe Esperar", "Mormaço" e "Quanto ao Tempo". Com sonoridades variadas, elas se mesclam com perfeição ao resto do repertório de clássicos dos Paralamas, que passa por rock, reggae, ska, baladas, música nordestina e latina. Bem estruturado, o show já começa em ritmo acelerado, com uma sequência que inclui "Dos Margaritas", "Pólvora", "O Beco" e "Ela Disse Adeus". Há espaço para as indefectíveis baladas ("Cuide Bem do seu Amor", "Romance Ideal") e para uma sessão semiacústica (com o belo resgate de "O Rio Severino", mais "Caleidoscópio" e "Uns Dias"), além de duas covers ("O Vencedor", do Los Hermanos, e "Sonífera Ilha", dos Titãs). Mas, é claro, nada disso funcionaria se a banda não estivesse afiadíssima, como está. Barone e Bi Ribeiro são dois monstros em seus instrumentos (bateria e baixo) e Herbert Vianna, mesmo com os anos e com o acidente, não perdeu nada de sua gana por tocar guitarra, solando de modo notável. A afinidade entre eles e seus músicos de apoio -João Fera (teclados e violão), Bidu Cordeiro (trombone) e Monteiro Jr. (sax)- faz com que as canções se encaixem em sincronia perfeita e dá espaço para todos. Amarrando toda essa parte musical estão os ótimos cenários de Zé Carratu -recortes brilhantes, coloridos, animados como o show- e luz profissional de Marcos Olívio. Em suma, um dos shows do ano, que merece ser visto.
POR
MARCO AURÉLIO CANÔNICO
EDITOR DO FOLHATEEN
A.O.


sexta-feira, junho 19, 2009

segunda-feira, junho 15, 2009

Universal vai Liberar

A operadora de TV à cabo Virgin Media vai lançar um serviço de assinatura de download ilimitado de músicas através de uma parceria com a maior gravadora musical do mundo, a Universal. O serviço, que as duas empresas descrevem como o primeiro do mundo, permitirá que qualquer cliente de banda larga da Virgin Media tanto ouça quanto faça download de quantas faixas de música e álbuns quiser do catálogo da Universal, pagando um valor fixo.
A música estará no formato MP3, o que significa que pode ser tocada na maioria dos aparelhos de música, incluindo iPod e telefones celulares. O serviço será lançado no fim deste ano.
A Virgin disse que como parte de sua cooperação com a indústria da música, isto também poderá ajudar a evitar a pirataria em sua rede, e poderá, como um último recurso para transgressores persistentes, suspender o acesso à Internet. No entanto, a Virgin disse que nenhum cliente será permanentemente desconectado.
A indústria da música tem estado desesperada para aumentar as vendas digitais nos últimos anos para superar o impacto da pirataria e tem lentamente oferecido novos serviços online.
Analistas dizem que a indústria não fará uma completa ruptura até que ela ofereça serviço de assinatura ilimitado, em que o preço esteja em um pacote dentro de outras taxas mensais, como a banda larga, então os clientes esquecerão que estão pagando pela música.
A Vivendi, da Universal Music Group, também concordou com um serviço de assinatura online com a maior empresa de televisão por assinatura da Grã-Bretanha, BSkyB, com um aumento no preço dos serviços.
O serviço da Virgin oferecerá uma "taxa de ingresso" mais barata para clientes que baixam músicas regularmente mas que não querem um serviço ilimitado, e também para aqueles que querem um serviço ilimitado.
A Virgin disse que também está em diálogo com outras gravadores principais e independentes do Reino Unido e editores para oferecer um catálogo completo, assim que o serviço for lançado.
"Nós vemos isto como um completo primeiro passo", disse a jornalistas o presidente e chefe-executivo da Universal Music, Lucian Grainge. "Nós temos ouvido nossos clientes, nossos fãs e nossos artistas, e pensamos que esta é uma oportunidade para trazer a música para um público amplo.
IG Noticias
A.O.

terça-feira, junho 02, 2009

Ta Apertando

Pois é, empresas fonograficas estão realmente apertando o cerco contra os sites que permitem o Download de musicas, filmes e afins gratuitamente.
Responsaveis por sites chegam a pagar importancias mais absurdas de 3 milhoes de Dolares. Certeza que nao foi esse montante o bruto de prejuizo, por obra.
Será que chegaremos em algum lugar?
A.O.

quinta-feira, maio 28, 2009

sexta-feira, maio 22, 2009

Morre o músico Zé Rodrix, aos 61 anos, em São Paulo

O cantor e compositor Zé Rodrix, 61, morreu na madrugada desta sexta-feira (22), em São Paulo. O músico deixa mulher, seis filhos e dois netos.
De acordo com informações do "Bom Dia São Paulo", o músico se sentiu mal e foi levado às pressas ao Hospital das Clínicas, onde morreu.
A assessoria de imprensa do hospital afirma que o músico deu entrada às 0h30 e morreu às 0h45. A causa da morte ainda não foi informada.
Rodrix, cujo nome de batismo é José Rodrigues Trindade, apareceu para o grande público em 1967, em um festival da Record.
Sua carreira ganhou destaque nos anos 70, quando trabalhou com o grupo Som Imaginário --banda criada para acompanhar uma turnê de Milton Nascimento-- e ao lado dos músicos Sá e Guarabyra. O trio se transformou em ícone do chamado "rock rural".
Entre as canções mais famosas de Zé Rodrix estão "Casa no Campo", famosa na voz de Elis Regina, "Mestre Jonas" e "Soy Latino Americano".
Nas décadas de 80 e 90, Rodrix abandonou a carreira musical para se dedicar à publicidade.
Em 2001, voltou a se reunir com os companheiros Sá e Guarabyra para uma apresentação do "Rock in Rio". No mesmo ano, o trio lançou um DVD ao vivo, reunindo seus maiores sucessos: "Sá, Rodrix & Guarabyra: Outra Vez Na Estrada - Ao Vivo".
Da Folha de São Paulo, 22/05/2009

segunda-feira, maio 18, 2009

Queda

Apenas Fisica, não musical/intelectual.
Aliás muito bom o "Zii e Zie" merece a audição.
Mas por enquanto, podem rir.....


quarta-feira, maio 13, 2009

ELE DE NOVO


Era só uma questão de tempo. Não é a primeira vez que falo isso por aqui, novamente presenciamos a volta de um primata fonográfico.

As gravadoras voltaram a fabricar os bolachas.

Sem novidades, o fato da qualidade sonora do vinil ser infinitamente superior a outras midias, fazem com que o fato retorne historicamente. Grandes, mais pesados, desajeitados, mas com uma qualidade inconfundivel.

Para isso, um teste. Musico, Engenheiro de som e Jornalista se prestaram a uma prova de diferenciação e qualificação. Nitidamente foi identificada a grandiosidade diferencial entre um produto e outro (CD e Vinil). O primeiro sendo confundido com MP3, veja só a intensidade da qualificação.

Visto isso, chegam as lojas Discos de 180g à R$ 90,00, junto a prateleiras de CDs. Os primeiros serão pela Sony, João Bosco e Chico Science & Nação Zumbi.

Acho um fato importantissimo. A arte de escutar musica boa em alta qualidade deve ser preservada, instaurada e aplicada a todos que tem condiçoes de usufrui-la. Dou total apoio e acredito que as gravadoras não se darão mal quanto a reinserção deste produto no mercado.

Lembram? Adaptação?

leiam a noticia clicando no titulo.

A.O.

terça-feira, maio 12, 2009

MUNDO LIVRE S/A


GRANDE BANDA PARCEIRA.

TERÇA E QUARTA (12 E 13/05, RESPCTIVAMENTE) ESTARÃO SE APRESENTANDO NO CBBAR, NA BARRA FUNDA EM SÃO PAULO.

DIA 15 EM RIO CLARO

DIA 16 NA PARADA DA LAPA (ANEXO A FUNDIÇÃO PROGRESSO)



COMBAT SAMBA - E se a gente seqüestrasse o trem das onze?



“Johnny Rotten e Jorge Ben no mesmo groove”. Quando os amigos brincam de rotular o som do Mundo Livre S.A., essa frase é uma das preferidas. Pois bem, basta substituir o vocalista do Sex Pistols por Mick Jones ou Joe Strummer (vocalistas da formação original do Clash) e temos sintetizada com perfeição a receita desse Combat Samba, a primeira coletânea da carreira do subcomandante Fred Zeroquatro e seus demais companheiros. O título Combat Samba, obviamente, é uma referência ao “Combat Rock”, quinto disco de estúdio do Clash, a banda seminal do Punk inglês ao lado do Sex Pistols. Assim como Strummer e Jones buscaram expandir as fronteiras sonoras e temáticas do pop inglês, o Mundo Livre, desde os primeiros shows no distante ano de 1984, entorta o universo da música popular brasileira, em especial o do samba. Uma coletânea temática como essa, portanto, está mais do que justificada. Sobretudo quando se tem em mente que uma boa parcela do público que tem comparecido aos últimos shows da banda é formada por uma molecada em torno dos vinte anos, que não teve oportunidade de acompanhar o início dessa trajetória.Das 14 faixas selecionadas pelo produtor Carlos Eduardo Miranda para Combat Samba, 13 saíram da discografia anterior da banda, formada pelos CDs Samba Esquema Noise (1994), Guentando a Ôia (1996), Carnaval na obra (1998), Por Pouco (2000) e O Outro mundo de Manuela Rosário (2004) e pelo EP Bebadogroove vol. 1 (2005). A coletânea é encerrada com uma música inédita, Estela (A Fumaça do Pajé Miti Subitxxi), gravada no estúdio Muzak, em Recife, em março deste ano, com produção do próprio Carlos Eduardo Miranda.NO BALANÇO DA BIOPIRATARIAA história dessa faixa nova merece um comentário à parte. Composta no ano passado, a canção conta com uma das melodias mais envolventes já criadas pela banda, que remete tanto a Jorge Ben quanto ao "manchester sound" dos anos 80 (Smiths, New Order, etc). A letra, em clima de realismo fantástico, tempera doses de ironia com neologismos divertidíssimos, e foi inspirada em parte por uma denúncia aterrorizante publicada no site da Agência Amazônia de Notícias.
Segundo relatou o repórter Chico Araujo, amostras de linhagens de células e do DNA do sangue de crianças, adolescentes, adultos e idosos das tribos Karitiana e Suruí, de Rondônia, estão sendo comercializadas, via internet, pela Coriel Cell Repositories, um grande laboratório sediado em New Jersey. "A empresa também coloca à venda amostras sanguíneas de índios do Peru, Equador, México, e de vários outros países. A Coriel possui quase 1 milhão de recipientes com sangue e, de 1964 para cá, já comercializou 120 mil amostras de células e outras 100 mil de DNA. Esse material foi vendido a cientistas de 55 países." Tem mais: "Com um simples clique e a disposição de gastarem módicos US$ 85, uma pessoa de qualquer parte do planeta compra, sem sair de casa, os componentes sangüíneos dos índios do Brasil. É muito fácil.” Quem acha que tudo pode não passar de teoria conspiratória, é bom saber que em 2002 a Procuradoria da República em Rondônia ingressou com uma ação civil pública na Justiça Federal. Na ação, o MPF acusa o médico brasileiro Hilton Pereira da Silva e a companheira dele, Denise Hallak, pela coleta ilegal de sangue. A dupla teria convencido os índios a doar o sangue, sob o argumento de que o material deveria ser utilizado em pesquisas para o desenvolvimento de novos remédios. Ainda segundo a reportagem, a assessoria da Funai teria declarado que a instituição não pode impedir o site de comercializar o sangue pelo fato dele estar hospedado nos EUA. Zeroquatro apela para que se divulgue o endereço da agência, para que todos possam ter acesso à matéria intitulada "Empresa dos Eua vende sangue indígena na internet": http://www.agenciaamazonia.com.br/

FONODIVERSIDADE COM EMBALAGEM DE PRIMEIRA

Toda a complexidade de uma das bandas brasileiras mais criativas das últimas décadas está aqui. A pegada maravilhosamente pop comparece com Meu Esquema e Musa da Ilha Grande. O samba que se debruça sobre a própria história está representado na faixa de abertura do disco, O Mistério do Samba. E, claro, os comentários às vezes irônicos, às vezes carregados de raiva, mas sempre de uma precisão certeira, de Zeroquatro sobre o estado de coisas do planeta, ocupam uma larga fatia da coletânea.Combat Samba tem ainda outra atração: Jorge Du Peixe - companheiro de Zeroquatro na idealização do movimento Mangue Beat, no início dos anos 90 - é quem assina a capa, junto com Valentina Trajano. E o encarte conta com comentários faixa a faixa produzidos pelo próprio Zeroquatro. Com a embalagem à altura do conteúdo, não há do que reclamar. Essa coletânea vai abrir um sorriso de satisfação no rosto de Jorge Ben, Mick Jones e todos os demais combatentes do Samba - e do Rock.

Renato L.



A.O.

Homem morto trabalha por uma semana

Os Gerentes de uma Editora estão tentando descobrir, porque ninguém notou que um dos seus empregados estava morto, sentado à sua mesa há CINCO DIAS. George Turklebaum, 51 anos, que trabalhava como Verificador de Texto numa firma de Nova Iorque há 30 anos, sofreu um ataque cardíaco no andar onde trabalhava (open space, sem divisórias) com outros 23 funcionários. Ele morreu tranquilamente na segunda-feira, mas ninguém notou até ao sábado seguinte pela manhã, quando um funcionário da limpeza o questionou, porque ainda estava a trabalhar no fim de semana. O seu chefe, Elliot Wachiaski, disse: 'O George era sempre o primeiro a chegar todos os dias e o último a sair no final do expediente, ninguém achou estranho que ele estivesse na mesma posição o tempo todo e não dissesse nada.Ele estava sempre envolvido no seu trabalho e fazia-o muito sozinho.'A autópsia revelou que ele estava morto há cinco dias, depois de um ataque cardíaco.
SUGESTÃO:De vez em quando acene aos seus colegas de trabalho. Certifique-se de que eles estão vivos e mostre que você também está!
MORAL DA HISTÓRIA:Não trabalhe demais. Ninguém nota mesmo...
Fonte não Identificada.
A.O.

quarta-feira, abril 29, 2009

Street Sweeper Social Club


Banda do Guitarrista Tom Morello, Rage Against the Machine.Otima, riffs de guita parecidissimos, mas a proposta se diferencia bastante quanto a levadas e vocais.
Vale muuuuuuuito a pena conferir.
De certeza aprovação por antigos fãs do Rage.Com a participação do rapper Boots Riley, as 11 faixas do novo disco tem uma caracteristica unica de new rock, com ritmos acelerados e temas profundos. Nada a ver com as bandas da onda linkin park.
Já confirmados shows onde abrirão os concertos do Nine Inch Nails.
A.O.

Wooden Shjips

Rock psicodéilico de São Francisco, Califórnia.
Retro, com acordes longos e vocais que ultrapassam os desejos de um morbido./
mto bom, possivelmente show por aqui.

A.O.

U$ 7.000,00 só??

A justiça americana decretou uma multa de 7.000,00 dollares para uma familia acusada de baixar e distribuir musicas pela internet. Dentre elas, classicos de Hanson e Michael Jackson.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u557725.shtml
Poderia essa quantia pagar os Advogados da Gravadora?
seriam 1000 musicas distribuidas um crime dessa magnitude?
U$ 7.000,00 dollares é dinheiro de pinga para as gravadoras. E ainda o fato de terem certa multa fazem com que argumentem que, a distribuiçao e os downloads irregulares tem sim uma resoluçao e uma punição judicial ......

A.O.

segunda-feira, abril 20, 2009

KICK YOUR ASS!!

Dia bom, sábado, véspera de feriado prolongado na grande São Paulo. Nada mais atrativo do que um entretenimento de peso ..... há tempos eu estava precisando disso, creio que a ultima foi no Rock in Rio 2001, com Iron Maiden, Queens of the Stone Age, Pavilhão 9, Sepultura e, nunca esquecido, Tom Zé hehehehehe que fascinou os metaleiros.
Mas esse não, esse autentico, especial para eles, uma noite inteira para fazerem o que quisessem, e fizeram.
Depois de 10 anos (monsters 99) fui conferir a apresentação da maior banda de heavy rock do mundo, MOTORHEAD.
O trio se superou, uma apresentação fantástica, repleta de clássicos e novas musicas que não deixou o publico parado um só minuto. Lemmy e seus companheiros entraram as 23:35, fazendo uma apresentação de uma hora e meia, com um rápido e frio bis.
Usando 2 Marshall jcm900 para guitarra e mais 2 para o baixo, com formação trio tradicional, e alguns efeitos especiais ... motorhead se consolida como banda mais alta do mundo (ganhou do manowar) e um rock n roll ímpar, tendo espaço até para os blues ....
Impressionante o timbre do baixo, como a musica cresce e se enche assim que lemmy começa a dilacerar as cordas. comprova-se a banda é ele.
Para quem conhece São Paulo e o som da casa (gabisom) sabe que, um dos melhores sons do mundo, é dificílimo dar microfonia em uma apresentação dessas. É possível imaginar então a altura do som de palco para fazer gritar os PAs permanentemente durante o show.
Ótimo participar, ver, sentir o poder que essa banda passa e recebebe de seu publico.
Simplesmente o melhor

Precisamos de mais.



A.O.

quinta-feira, abril 16, 2009

tcha tcha??

bom, saiu hoje na folha ....
é uma vergonha essa patifaria brutal dos donos de gravadoras para com a distribuição gratuita de obras artísticas. Argumento principal: Queda drástica nas vendas de materiais fonográficos e "roubo" dos direitos legais voltados aos criadores.
É mais velho que andar pra trás o fato dos artistas não ganharem dinheiro com a venda do objeto concreto de sua obra. Valores insignificantes são direcionados ao mesmo, além da não autonomia diante a sua produção. Essas questões já estão sendo digeridas e prontas pra serem evacuadas, pelo tanto que já se discutiu a respeito.
Lembro-me de quando, muleke, disse a meu pai: "Ih agora o disco vai acabar, inventaram o disco virgem" e ele me respondeu: "do mesmo jeito que pensei que iriam acabar com os discos quando inventaram a fita cassete, ou mesmo o cartucho!!".
De fato, se não pensarmos que toda essa mudança nada mais é do que processos, nunca sairemos do lugar.
processo :
s. m.
1. Método, sistema, modo de fazer uma coisa.
2. Conjunto de manipulações para obter um resultado.
3. O conjunto dos papéis relativos a um negócio.
4. Os autos e mais documentos escritos numa causa cível ou criminal.
5. Processamento.
6. Ant. Seguimento, decurso.
7. Patol. Marcha das fases normais ou mórbidas dos fenómenos orgânicos.
8. Dir. Demanda, acção.
9. Processo sumário: aquele que, em atenção à brevidade, dispensa certas formalidades.
modo de fazer algo ou marcha das fases normais dos fenómenos orgânicos. É isso, diante uma mudança, por mais abrupta que seja, se adaptar da melhor forma possível. O mesmo caracteriza a condição de inteligência, responder da melhor maneira possível, e mais rapidamente, diante a um estimulo novo.
Não conseguimos lutar contra um fato, com sua extrema relevância, que é real e imponente diante nossa contingências, a não ser pelo fato de se adaptar a ele. Tal fato se torna tão concreto pelo fato de não termos uma figura primordial a qual tem a tarefa de fiscalização e ditação de regras. Chegamos ao ponto em que fiamos de mãos atadas quando sentimos o poder de disseminação de um novo processo.
Perguntinha valendo 200g: "Será esse prejuízo significativo assim? Existe perda diante a divulgação "irregular" da obra??"
Agora, não se limitando na produção da obra, existe um braço das entidades cuidando da produção de shows dos artistas, lógico, se não da um lado da do outro.
Respondendo ............
a Venda de obras no mercado aumentou 6,5% em relação ao ano passado (isso porque estamos em Abril), a movimentação de recursos ultrapassou os 360 milhões de Reais. O mercado de transações de musicas na Internet e celulares Aumentou 80%, representando assim 12% do mercado. O presidente da EMI (Marcelo Castello Branco) anunciou um aumento de venda de cds de 50%, o presidente da Sony (Alexandre Schiava) apontou um aumento de 10% nas vendas. Argumentando o barateamento dos preços dos materiais, como fator principal pelo aumento.
voltando a questão, vemos uma queda real? sim. Vemos que as gravadoras estão acabando? Não. mas vemos sim um novo modelo de difusão de obras, a utilização de uma ferramenta para a nova fase em que vivemos. Um maior contato e oportunidade de conhecermos coisas novas.
Quantas produções cinematográficas, teatrais e musicais se beneficiaram com a pirataria? Qual a intensidade de intervenção na distribuição da obra? qual o aumento na facilidade de encontrar obras que lhe agradam? ou mesmo conhecer outras que lhe agradarão?
na adianta dar murro em ponta de faca ..... eles ganham do mesmo jeito.
A.O.

quinta-feira, abril 02, 2009

Trabalho da Guitarrista do Natirus,
vale a pena conferir viu!!!
A.O.

terça-feira, março 31, 2009

Pela Causa!!!

Este mes aconteceu em Guadalajara o Festival internacional de Cinema, FICG24, entre os dias 19 e 27 de março - SITE FICG. Nele foi exibido o filme LT22 Radio La Colifata, pelicula apresentada por Manu Chao a respeito das condiçoes e vida dos deficientes mentais argentinos situados em hospital psiquiatrico, onde os mesmos coordenam e apresentam uma programação Radiofonica exibida a todos os habitantes da Capital.
Fato é que, como de costume, Manu se apresentaria, apenas voz e violao, logo apos a exibição do longa. O fato do governo mexicano ter relacionado um comentario feito em 2006 pelo artista, a favor da libertação de presos politicos zapatistas, foi crucial para a desistencia da exibição, situação esta que deixou 2 mortos, 200 detidos e 12 presos até hoje por uma operação militar. Fatos e comentarios ressaltavam que Manu poderia ser expulso do pais sem um motivo justo, a policia entraria em cena e prendia-o sem argumentação.

Para evitar o conflito, o artista, preferiu nao se apresentar, visto que o evento culçtural poderia ficar incontrolavel, alem doque crianças assistiam o espetaculo.

ainda bem que ainda temos artistas.


Segue seu Comunicado a respeito:


Liberdade e Justiça para Atenco - http://www.atencolibertadyjusticia.com/


COMUNICADO MANU CHAO - GUADALAJARA 27 DE MARZO


"Ontem foi-me dito ao despertar que o governo mexicano iria investigar as minha declarações nesta conferência de imprensa no Festival Internacional de Cinema na cidade de Guadalajara. As declarações referentes à operação policial realizada em maio de 2006, em San Salvador Atenco. Esta operação deixou dois mortos, mais de 200 detidos e várias alegações de abuso sexual de mulheres por parte da polícia. Ainda estão na prisão 12 pessoas com penas absurdas, de 31 a 112 anos. Sem dúvida eu revindico como uma de todas aquelas pessoas que tem campanhas para a sua libertação e tentando quebrar qualquer parte desta gritante injustiça.

Gradualmente, no dia, ouvimos sobre a possibilidade de uma imigração cheque em mim, e que poderia resultar em qualquer momento na minha imediata expulsão do país, sem julgamento. Ontem à noite sobre a Rambla de Catalunya Guadalajara projetados ao ar livre e entrada gratuita para o filme LT22 Radio La Colifata Carlos Larrondo, no contexto da secção Cinelândia que o festival de cinema convidou-me para liderar. Como é habitual, houve uma chance para cantar sobre os problemas após a apresentação, como aconteceu durante a Festa do Instituto Cabañas Cinelândia ao longo do ciclo. Penso que é importante notar que estes informais palomazos nunca foram parte do programa oficial do evento e são oferecidos sem nenhum lucro para amantes do cinema que vieram para desfrutar dos filmes selecionados.

A decisão de não cantar na Rambla Catalunya quinta-feira passada foi expressamente minha. Eu levei-o para evitar qualquer possibilidade de transbordamento violento se as autoridades tinham intenção de vir a mim durante o evento. O que poderia ter desencadeado um confronto entre a polícia eo público.

Cientes de que as crianças possam assistir esta noite, e milhares de pessoas, eu não quis correr o risco de transformar o festival cultural em algo incontrolável e angustiante para os presentes.

A principal razão para a minha decisão foi essa.

E nenhuma outra.

Aqui venho pedir desculpas a todos aqueles que assistiram à cerimônia e ficaram com esses temitas rumberos após o filme.

Espero que compreendam a minha decisão e apreciar o contexto.

Sempre atentos

Manu Chao"


A.O.