quinta-feira, abril 16, 2009

tcha tcha??

bom, saiu hoje na folha ....
é uma vergonha essa patifaria brutal dos donos de gravadoras para com a distribuição gratuita de obras artísticas. Argumento principal: Queda drástica nas vendas de materiais fonográficos e "roubo" dos direitos legais voltados aos criadores.
É mais velho que andar pra trás o fato dos artistas não ganharem dinheiro com a venda do objeto concreto de sua obra. Valores insignificantes são direcionados ao mesmo, além da não autonomia diante a sua produção. Essas questões já estão sendo digeridas e prontas pra serem evacuadas, pelo tanto que já se discutiu a respeito.
Lembro-me de quando, muleke, disse a meu pai: "Ih agora o disco vai acabar, inventaram o disco virgem" e ele me respondeu: "do mesmo jeito que pensei que iriam acabar com os discos quando inventaram a fita cassete, ou mesmo o cartucho!!".
De fato, se não pensarmos que toda essa mudança nada mais é do que processos, nunca sairemos do lugar.
processo :
s. m.
1. Método, sistema, modo de fazer uma coisa.
2. Conjunto de manipulações para obter um resultado.
3. O conjunto dos papéis relativos a um negócio.
4. Os autos e mais documentos escritos numa causa cível ou criminal.
5. Processamento.
6. Ant. Seguimento, decurso.
7. Patol. Marcha das fases normais ou mórbidas dos fenómenos orgânicos.
8. Dir. Demanda, acção.
9. Processo sumário: aquele que, em atenção à brevidade, dispensa certas formalidades.
modo de fazer algo ou marcha das fases normais dos fenómenos orgânicos. É isso, diante uma mudança, por mais abrupta que seja, se adaptar da melhor forma possível. O mesmo caracteriza a condição de inteligência, responder da melhor maneira possível, e mais rapidamente, diante a um estimulo novo.
Não conseguimos lutar contra um fato, com sua extrema relevância, que é real e imponente diante nossa contingências, a não ser pelo fato de se adaptar a ele. Tal fato se torna tão concreto pelo fato de não termos uma figura primordial a qual tem a tarefa de fiscalização e ditação de regras. Chegamos ao ponto em que fiamos de mãos atadas quando sentimos o poder de disseminação de um novo processo.
Perguntinha valendo 200g: "Será esse prejuízo significativo assim? Existe perda diante a divulgação "irregular" da obra??"
Agora, não se limitando na produção da obra, existe um braço das entidades cuidando da produção de shows dos artistas, lógico, se não da um lado da do outro.
Respondendo ............
a Venda de obras no mercado aumentou 6,5% em relação ao ano passado (isso porque estamos em Abril), a movimentação de recursos ultrapassou os 360 milhões de Reais. O mercado de transações de musicas na Internet e celulares Aumentou 80%, representando assim 12% do mercado. O presidente da EMI (Marcelo Castello Branco) anunciou um aumento de venda de cds de 50%, o presidente da Sony (Alexandre Schiava) apontou um aumento de 10% nas vendas. Argumentando o barateamento dos preços dos materiais, como fator principal pelo aumento.
voltando a questão, vemos uma queda real? sim. Vemos que as gravadoras estão acabando? Não. mas vemos sim um novo modelo de difusão de obras, a utilização de uma ferramenta para a nova fase em que vivemos. Um maior contato e oportunidade de conhecermos coisas novas.
Quantas produções cinematográficas, teatrais e musicais se beneficiaram com a pirataria? Qual a intensidade de intervenção na distribuição da obra? qual o aumento na facilidade de encontrar obras que lhe agradam? ou mesmo conhecer outras que lhe agradarão?
na adianta dar murro em ponta de faca ..... eles ganham do mesmo jeito.
A.O.

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