quarta-feira, dezembro 17, 2008
segunda-feira, dezembro 08, 2008
#2
MOONSPELL
Formação:
Formação:
Fernando Ribeiro - Voice
Mike Gaspar - Drums
Pedro Paixão - Guitars
Ricardo Amorim - Guitars
Aires - Bass
Sem trazer nenhuma novidade, Moonspell faz um ótimo trabalho no que confere o Black Metal Europeu.
Rajadas seqüenciais de single stroke de dois bumbos, riffs de guitarras tradicionais, os mesmos escutados em discos do Havens Gate ou mesmo Blind Guardian (bandas que admiro). Mas não carregam consigo atualizações no sentido de desenvolvimento Heavy Metal.
Muito bem cantado, uma produção muito boa e os músicos de altíssima qualidade.
Mas se entende o por que de bandas de metal não poderem navegar em campos desconhecidos, já que sua legião não permite isso. Vemos muitas bandas perderem seus públicos por que imaginaram e arriscaram andar em campos antes nunca pisados.
MYSPACE
SITE
A.O.
Bandas Portuguesas #1
Bom, ja se passaram 2 anos de BLOG e eu não fiz nenhuma comemoração, nao acendi velinha (quer dizer...), nao comprei bolinho, nao fiz vacalhagem nenhuma.
Para tentar diferenciar vou começar a postar bandas portuguesas, as quais trabalhamos e conhecemos mundo a fora.
Essas bandas recebi por e-mail, para justamente, começar a trabalhar. Escrevo aqui o que penso delas, qual a impressão no primeiro contato.
Digo no primeiro contato pq tem mtas e, escrevendo, pratico tambem a questao da paciencia e analise do tamanho do buraco......
Primeira Delas
COLD FINGER
Formação:
Margarida
Miguel
Nuno
Ruca
Antonio
Com a formação power trio de Rock ´n´ Roll acrescentando os timbres elétricos e sintetizados de um DJ, mais um toque harmônico da vocalista, Cold Finger está muito bem conceituada como uma das melhores bandas portuguesas do momento.
Criada em 1988 se mantem atualíssima no sentido new wave, nunca abandonando as raízes, vimos temas de led Zeppellin em seus shows, apresentam um repertorio contemporâneo experimental.
O grupo partiu para a estrada, tendo passado pelos festivais do Sudoeste e Vilar de Mouros, pelas Noites Ritual Rock, Hard Club, e ainda pelo Lux, onde fizeram a abertura do espetáculo para Goldie, no decorrer de 1999.
Afinadíssima, Margarida, canta seus temas, priorizando a rebeldia adolescente, contracenando em um cenário underground na vida noturna Européia.
Lounge, New Wave, ska, POP e rock ´n´ roll caracterizam o conceito artístico de Cold Finger. Muito bem representado.
Menos introspectivos que nos discos anteriores, os Coldfinger lançaram-se num fórmula mais directa e imediata de fazer rock, num apelo brutal à pista de dança.
Para atualizações consultem o espaço da banda.
Legal mas sem sal nem açúcar – “destaque para Superfacial”
MYSPACE
A.O.
Margarida
Miguel
Nuno
Ruca
Antonio
Com a formação power trio de Rock ´n´ Roll acrescentando os timbres elétricos e sintetizados de um DJ, mais um toque harmônico da vocalista, Cold Finger está muito bem conceituada como uma das melhores bandas portuguesas do momento.
Criada em 1988 se mantem atualíssima no sentido new wave, nunca abandonando as raízes, vimos temas de led Zeppellin em seus shows, apresentam um repertorio contemporâneo experimental.
O grupo partiu para a estrada, tendo passado pelos festivais do Sudoeste e Vilar de Mouros, pelas Noites Ritual Rock, Hard Club, e ainda pelo Lux, onde fizeram a abertura do espetáculo para Goldie, no decorrer de 1999.
Afinadíssima, Margarida, canta seus temas, priorizando a rebeldia adolescente, contracenando em um cenário underground na vida noturna Européia.
Lounge, New Wave, ska, POP e rock ´n´ roll caracterizam o conceito artístico de Cold Finger. Muito bem representado.
Menos introspectivos que nos discos anteriores, os Coldfinger lançaram-se num fórmula mais directa e imediata de fazer rock, num apelo brutal à pista de dança.
Para atualizações consultem o espaço da banda.
Legal mas sem sal nem açúcar – “destaque para Superfacial”
MYSPACE
A.O.
sexta-feira, novembro 28, 2008
Filhos de MIKE
Fonte de uma nova maneira de produzir Musica
Dub
Metal
Punk
Hard Core
Crias de Mike Patton (Faith no More).
New Heavy, exemplar disco da banda mostra como essa mescla da certo.
Conheci ha um tempo a banda via Kabello, uma figura exemplar no sentido de competencia e gosto musical
Muito obrigado -pela dica
Fica a avaliação por voces
Cansadissimo (percebe-se) e tendo que escutar muita coisa ainda, devido WOMEX.
DOWLOAD
terça-feira, novembro 18, 2008
terça-feira, outubro 07, 2008
KING CURTIS
terça-feira, setembro 30, 2008
Corpo do baterista Gigante Brazil é velado em São Paulo
O corpo do baterista Gigante Brazil, cujo nome real era Jorge Luiz de Souza, é velado na manhã desta terça-feira na capela 1 do Cemitério São Paulo (r. Luis Murat, 245, Pinheiros). Familiares e amigos do músico estão no local.
O velório vai até meio-dia, quando o corpo seguirá para o cemitério de Congonhas (av. Ministro Álvaro de Souza Lima, 101, Jardim Marajoara), onde será enterrado por volta das 13h.
O músico morreu nesta segunda-feira, de parada cardíaca, em casa, no bairro Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Jorge Luiz de Souza nasceu em 25 de abril de 1952, no Rio.
Brazil começou a carreira no ano de 1969, na banda Massa Experiência. Na década de 70, o músico tocou com Jorge Mautner. Ele acompanhou Mautner nos nos anos de 1972 e 1973. Em 1975, formou a banda Sindicato.
Em 1980, participou da final do Festival da Globo, ao lado de Chico Evangelista, tocando "Rastapé". Nos anos 90, o músico participou do disco "Mais", de Marisa Monte --no qual gravou os vocais da faixa "Ensaboa"--, e acompanhou a cantora em sua turnê.
Em agosto deste ano, o baterista acompanhou a cantora Anelis Assumpção, em um show no Sesc Pompéia, em São Paulo. Em 2005, ele gravou o disco "Música Preta e Branca e... Etc", ao lado do parceiro Paulo Lepetit.
Brazil tocou ao lado de nomes da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Itamar Assumpção, com quem formou a banda Isca de Polícia. Ele integrou ainda a banda Gang 90.
Recentemente, participou da gravação do disco "Celso Sim, Vamos Logo sem Paredes!", do cantor Celso Sim --cuja temporada de shows foi encerrada na última quinta (25), no Sesc Avenida Paulista.
Em 2006, ele lançou seu primeiro disco como cantor, "Música Preta Branca e etc", gravado em dupla com o baixista e produtor Paulo Lepetit e lançado pelo próprio selo de Lepetit, Elo Music, dentro da série CD7.
O músico morreu nesta segunda-feira, de parada cardíaca, em casa, no bairro Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Jorge Luiz de Souza nasceu em 25 de abril de 1952, no Rio.
Brazil começou a carreira no ano de 1969, na banda Massa Experiência. Na década de 70, o músico tocou com Jorge Mautner. Ele acompanhou Mautner nos nos anos de 1972 e 1973. Em 1975, formou a banda Sindicato.
Em 1980, participou da final do Festival da Globo, ao lado de Chico Evangelista, tocando "Rastapé". Nos anos 90, o músico participou do disco "Mais", de Marisa Monte --no qual gravou os vocais da faixa "Ensaboa"--, e acompanhou a cantora em sua turnê.
Em agosto deste ano, o baterista acompanhou a cantora Anelis Assumpção, em um show no Sesc Pompéia, em São Paulo. Em 2005, ele gravou o disco "Música Preta e Branca e... Etc", ao lado do parceiro Paulo Lepetit.
Brazil tocou ao lado de nomes da música brasileira como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Itamar Assumpção, com quem formou a banda Isca de Polícia. Ele integrou ainda a banda Gang 90.
Recentemente, participou da gravação do disco "Celso Sim, Vamos Logo sem Paredes!", do cantor Celso Sim --cuja temporada de shows foi encerrada na última quinta (25), no Sesc Avenida Paulista.
Em 2006, ele lançou seu primeiro disco como cantor, "Música Preta Branca e etc", gravado em dupla com o baixista e produtor Paulo Lepetit e lançado pelo próprio selo de Lepetit, Elo Music, dentro da série CD7.
MIGUEL ARCANJO PRADO
da Folha Online
segunda-feira, setembro 22, 2008
MMW no SESC Vl. Mariana.
Bom, quem foi foi, quem não foi....... só lamento. Um dos melhores shows que já vi na minha vida. Estava esperando por isso ha anos, ver a performance dos 3 no palco foi um presente divino.
Se baseando mais no repertorio de Zaebus, o trio apresentou uma performance singular, repleta de improvisos e temas classicos, frutos de sua, nem tao, extensa discografia. O show foi magico desde o inicio do dia, recebi meus grandes amigos mocoquenses, um casal unico, e que fizeram parte inegavel e participação ativa da apresentação da Banda a mim. Lucon e Margá. Passamos um dia muito bom, fomos na Calixto, os apresentei ao mar de velharias e especiarias que consiste a feira. Adoraram.
Logo apos nos preparamos para ir ao show e, chegando lá, mais amizades, Vaca, Paula, Pescoço e sua respectiva, Mauricimmmmmm (de volta da cidade do Mexico), Mateus e Ciça. Fora os Amigos que nao vi, ou que vi de passagem (Fela, TRZ e Thiago). Enfim, um show inesquecivel, com presença de pessoas inesqueciveis.
Abç a todos
PS: A IDEIA DE SCANNEAR OINGRESSO FOI DO LUCON E NAO MINHA!.
ZAEBOS: The Book Of Angels:
o disco para crianças não é a única novidade do grupo este ano. Eles estão em ebulitiva atividade: gravaram um álbum com o guitarrista Jon Scofield e lançaram o fabuloso disco Zaebos: The book of angels - Vol. 11, uma releitura da música do compositor vanguardista nova-iorquino John Zorn e seu projeto Masada. Zaebos é talvez um dos mais ambiciosos trabalhos recentes do MMW. Eles tocam 11 das canções do Livro dos Anjos de John Zorn. É uma fusion de muito impacto e extremamente balançante - tanto que John Medeski, tempos atrás, definiu sua música como "dance music", na impossibilidade de enquadrá-la apenas como mais um ramal do jazz. "Não é também apenas música para dançar, porque tem algumas coisas que não serviriam como um apelo aos movimentos do corpo. Não dá mesmo para definir o que fazemos. O que posso dizer a você é que, quando nós começamos a trabalhar num disco, sabemos precisamente aquilo que não queremos. Sabemos muito bem aquilo que não somos", disse Wood.O contrabaixista do MMW falou brevemente de suas referências primordiais. Assim como Medeski tem seu estilo fundado nos primórdios do funk americano, de grupos como Meters, Wood diz que sua inspiração veio de muitas fontes, de Stevie Wonder a James Brown, do música do oeste africano a Hermeto Pascoal e Elis Regina. "No jazz, eu sempre ouvi muito Miles Davis. A forma como Miles e seus quintetos interagem enquanto banda, aquilo é referencial", afirmou."Não é absurdo que nos cataloguem como jazz, porque a improvisação é marca do nosso trabalho. Mas nós não nos sentimos jazzistas", disse. O fato é que a música do MMW é uma espécie de chamariz de jovens músicos, que sempre lotaram suas apresentações no Brasil - já vieram três vezes ao Brasil.Wood, como a maioria dos artistas de seu País, vive uma expectativa muito grande com as eleições presidenciais, que opõem John McCain e Barack Obama. "Os americanos temos uma mentalidade meio esportiva, que expandimos em direção à política. Nós decidimos como se estivéssemos torcendo para um time, infelizmente. E muita gente não vota em alguém porque seria como mudar de time", ele pondera. "Eu apóio Obama com energia, como quase todo mundo. Sei que há um componente de astro hollywoodiano ali, mas acredito nele, em sua sinceridade, para além dos clichês da política."
Por Jotabê Medeiros - O Estado de São Paulo - 16/09/2008
Por Jotabê Medeiros - O Estado de São Paulo - 16/09/2008
1. Zagzagel
2. Sefrial
3. Agmatia
4. Rifion
5. Chafriel
6. Ahaij
7. Asaliah
8. Vianuel
9. Jeduthun
10. Malach Ha-Sopher
11. Tutrusa'i
DOWNLOAD
quarta-feira, agosto 20, 2008
Clutchy Hopkins
Esse cara faz neguim pensar 2X antes de dizer que é musico.
Clutchy Hopkins é redento de um engenheiro de gravação da histórica Motown, assim o ensinou as manhas técnicas para gravações e captação dos mais diferentes sons, ainda quando criança. Quando fez 20 anos, viajou para o extremo leste do Japão para estudar, com monges, o silencio e os ritmos do silencio na musica. Mais tarde partiu para o Raja Yoga, na Índia, para ter extremo domínio da articulação dos movimentos corporais e sua relação com o som. Ele mostra grande facinio com a Bateria e seus efeitos na consciência humana, disso emergiu um novo momento em sua vida, o de ir para a Nigéria e estudar percussão. Lá estudou com o mestre Oba-lu-Funke. Em sua estadia na Nigéria, não se conformou com a situação local e, com armas na mão, se tornou um guerrilheiro militante, contra as politicas nacionais do Apartheid.
Durante todo esse tempo Clutchy nunca deixou de gravar suas composições.
Em sua volta aos EUA, Clutchy investiu muito em gravações e manufactura de novos instrumentos, os quais produziam os mais variados sons. Participou de inúmeras bandas de jazz e funk, mas nunca colocou seu nome em suas produções, sempre utilizou de vários pseudónimos. Sua obra esta completamente espalhada.
Dos anos 90 pra cá historias dizem que ele se refugiou em uma caverna e pretende ficar lá até o fim da vida. Suas obras são entregues a sua filha e um parente, os quais as publicam e as registram.
Em sua biografia pode-se encontrar anotações de um Mago da Musica, onde usufruía de suas viagens para investigar a consciência e suas relações com a musica.
MYSPACE
DOWNLOAD
A.O.
Clutchy Hopkins é redento de um engenheiro de gravação da histórica Motown, assim o ensinou as manhas técnicas para gravações e captação dos mais diferentes sons, ainda quando criança. Quando fez 20 anos, viajou para o extremo leste do Japão para estudar, com monges, o silencio e os ritmos do silencio na musica. Mais tarde partiu para o Raja Yoga, na Índia, para ter extremo domínio da articulação dos movimentos corporais e sua relação com o som. Ele mostra grande facinio com a Bateria e seus efeitos na consciência humana, disso emergiu um novo momento em sua vida, o de ir para a Nigéria e estudar percussão. Lá estudou com o mestre Oba-lu-Funke. Em sua estadia na Nigéria, não se conformou com a situação local e, com armas na mão, se tornou um guerrilheiro militante, contra as politicas nacionais do Apartheid.
Durante todo esse tempo Clutchy nunca deixou de gravar suas composições.
Em sua volta aos EUA, Clutchy investiu muito em gravações e manufactura de novos instrumentos, os quais produziam os mais variados sons. Participou de inúmeras bandas de jazz e funk, mas nunca colocou seu nome em suas produções, sempre utilizou de vários pseudónimos. Sua obra esta completamente espalhada.
Dos anos 90 pra cá historias dizem que ele se refugiou em uma caverna e pretende ficar lá até o fim da vida. Suas obras são entregues a sua filha e um parente, os quais as publicam e as registram.
Em sua biografia pode-se encontrar anotações de um Mago da Musica, onde usufruía de suas viagens para investigar a consciência e suas relações com a musica.
MYSPACE
DOWNLOAD
A.O.
segunda-feira, julho 07, 2008
segunda-feira, junho 09, 2008
Madeleine Peyroux
Madeleine Peyroux (Athens, 1974) é uma cantora de jazz nascida na Geórgia que escreve e interpreta suas proprias composições e letras. É especialmente lembrada por seu estilo vocal, que em muito lembra o estilo da cantora Billie Holiday.
Peyroux nasceu no estado americano da Geórgia, mas viveu também no sul da Califórnia, na cidade de Nova Iorque e em Paris. Começou a cantar com quinze anos de idade, quando descobriu os artistas de rua do boêmio Quartier Latin, em Paris. Ela integrou o grupo The Riverboat Shufflers, primeiro passando o chapéu, e então, depois, cantando. Aos 16 anos, passou a fazer parte dos The Lost Wandering Blues and Jazz Band, grupo com o qual passou dois anos em turnê pela Europa, interpretando canções de estrelas do Jazz como Fats Waller, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, entre outros, dando base às interpretações de seu primeiro álbum, Dreamland.
Dreamland foi lançado em 1996, e logo ganhou expressiva atenção. A revista Time classificou o álbum como "a mais excitante, envolvente performance vocal feita por uma nova cantora no ano". Peyroux logo se viu abrindo concertos para Sarah McLachlan e Cesaria Evora, além realizar diversas aparições em conceituados festivais de Jazz.
Em 1996, logo depois de lançado o álbum Dreamland, Peyroux desapareceu sem deixar pistas ou fazer qualquer promoção do recém-lançado trabalho, voltando aos palcos apenas em 2002.
Peyroux passou a maior parte desses seis anos se apresentando como artista de rua em Paris, e apenas ocasionalmente em clubes nos Estados Unidos. Vivendo uma vida anônima, ela continuou a contribuir com o trabalho de outros artistas, mas raramente se apresentava em clubes com seu verdadeiro nome. Em maio de 2002, juntamente com o multi-instrumentista William Galison, Peyroux voltou a apresentar-se em clubes americanos, e em 2003 a dupla lançou um EP com sete músicas intitulado Got You on My Mind, vendido em shows e pela internet.
Peyroux não gravou outro álbum solo até o ano de 2004, quando em setembro foi lançado Careless Love, recebido com críticas positivas pela mídia, e com 1 milhão de cópias vendidas até março de 2006. No mesmo mês, foi também lançado o álbum Got You on My Mind, fruto da parceria com William Galison, numa versão do EP original onde foram incluídas mais 4 faixas gravadas por Gallison.
Em agosto de 2005, sua gravadora, preocupada com a possibilidade de que a cantora desaparecesse novamente, alertou a mídia e contratou um detetive particular. Constrangedoramente, a cantora logo foi encontrada com seu agente em Nova Iorque.
Peyroux nasceu no estado americano da Geórgia, mas viveu também no sul da Califórnia, na cidade de Nova Iorque e em Paris. Começou a cantar com quinze anos de idade, quando descobriu os artistas de rua do boêmio Quartier Latin, em Paris. Ela integrou o grupo The Riverboat Shufflers, primeiro passando o chapéu, e então, depois, cantando. Aos 16 anos, passou a fazer parte dos The Lost Wandering Blues and Jazz Band, grupo com o qual passou dois anos em turnê pela Europa, interpretando canções de estrelas do Jazz como Fats Waller, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, entre outros, dando base às interpretações de seu primeiro álbum, Dreamland.
Dreamland foi lançado em 1996, e logo ganhou expressiva atenção. A revista Time classificou o álbum como "a mais excitante, envolvente performance vocal feita por uma nova cantora no ano". Peyroux logo se viu abrindo concertos para Sarah McLachlan e Cesaria Evora, além realizar diversas aparições em conceituados festivais de Jazz.
Em 1996, logo depois de lançado o álbum Dreamland, Peyroux desapareceu sem deixar pistas ou fazer qualquer promoção do recém-lançado trabalho, voltando aos palcos apenas em 2002.
Peyroux passou a maior parte desses seis anos se apresentando como artista de rua em Paris, e apenas ocasionalmente em clubes nos Estados Unidos. Vivendo uma vida anônima, ela continuou a contribuir com o trabalho de outros artistas, mas raramente se apresentava em clubes com seu verdadeiro nome. Em maio de 2002, juntamente com o multi-instrumentista William Galison, Peyroux voltou a apresentar-se em clubes americanos, e em 2003 a dupla lançou um EP com sete músicas intitulado Got You on My Mind, vendido em shows e pela internet.
Peyroux não gravou outro álbum solo até o ano de 2004, quando em setembro foi lançado Careless Love, recebido com críticas positivas pela mídia, e com 1 milhão de cópias vendidas até março de 2006. No mesmo mês, foi também lançado o álbum Got You on My Mind, fruto da parceria com William Galison, numa versão do EP original onde foram incluídas mais 4 faixas gravadas por Gallison.
Em agosto de 2005, sua gravadora, preocupada com a possibilidade de que a cantora desaparecesse novamente, alertou a mídia e contratou um detetive particular. Constrangedoramente, a cantora logo foi encontrada com seu agente em Nova Iorque.
Peyroux e sua gravadora foram processados por William Galison em 2004. De acordo com a gravadora, a Rounder Records', Peyroux e seu agente apresentaram o EP Got You On My Mind a eles como a demo da cantora, exclusivamente, concordando ainda em comercializá-lo apenas depois do lançamento de Careless Love. De acordo com Peyroux e seus advogados, ela contou à gravadora Rounder que Galison era o co-autor da gravação. Gallison lançou o álbum por um selo próprio.
A.O.
quarta-feira, abril 23, 2008
RETIREM O QUE EU DISSE A RESPEITO DE RITA E ESCUTEM ESSE DISCO.!!! UM ABSURDO EU FALAR ASSIM!!
+ Na época da gravação do disco, Rita começou a sentir que o interesse do presidente da Philips, André Midani, em sua pessoa, era bem mais do que apenas musical. Os dois começaram um affairzinho que Rita levou adiante um pouco por querer se vingar de Arnaldo (que não gostava de André), um pouco por querer ver seu disco bem trabalhado. Não adiantou nada: a gravadora não gostou do disco, nem investiu um tostão furado. Rita rompeu ao mesmo tempo com André e com a Philips, puta da vida, no meio de uma reunião do tal "grupo de trabalho" da Philips (para a qual tinha ido viajando de ácido).
+ Rola uma lenda que algumas letras do disco Atrás do porto... teriam sido censuradas, o que teria abortado ainda mais o processo. Se é lenda ou não, o fato é que o logotipo do disco lembra vagamente a bandeira do Brasil. E a tal "cidade" da capa lembra muito um mapa do Brasil também. Lendas e mais lendas...
+ A ficha técnica do disco foi toda escrita à mão por Rita, em forma de diário - algo que foi mantido na versão CD. Entre um crédito e outro, há mensagens cifradas (como o agradecimento a "baurets"), recados pessoais e verdadeiras crônicas do momento pelo qual Rita passava, gravando um disco e querendo vê-lo acontecer.
+ Além do disco, há gravações de Rita na Philips que só saíram em singles ou em coletâneas, como "Paixão da minha existência atribulada" (ao lado de Lucia Turnbull) e "Nessa altura dos acontecimentos", além das três faixas ao vivo do LP Hollywood Rock, de 1975 (breve neste blog), "E você ainda duvida?", "Minha fama de mau" e "Mamãe Natureza". Há também um dueto entre Rita e Erasmo Carlos, "Minha fama de mau", que saiu num disco de carreira de Erasmo, Erasmo Carlos Convida..., de 1980. Nenhuma dessas gravações foi resgatada em CD.
+ O encarte do LP original - mantido na reedição em CD - trazia um pôster da banda, no maior clima lambisgóia-new-york-dolls (com destaque para Rita quase fantasiada de Ziggy Stardust).
+ A resenha ao lado é sobre o disco Atrás do porto tem uma cidade e foi publicada num site norte-americano especializado em música brasileira. Sente só: "Now officially no longer a member of Os Mutantes, Lee pursues a fairly similar musical direction - proggish boogie rock which they hope will pass as glam. Her new band, Tutto Frutto, dress like Gary Glitter clones, but they play fairly belabored, sometimes math-y, guitar rock... the most interesting touch is a frequently-used rising synth riff, lifted straight out of the Zombies' "Hung Up On A Dream". This is still borderline noteworthy, but (in all honesty) still a bit hard to take. If you were able to hang with the later Mutantes albums, then this might also work for you".
+ Além de Atrás do porto..., Rita ainda chegou a iniciar as gravações de um segundo disco com o Tutti-Frutti pela Philips. O disco, que seria a primeira produção assinada por Liminha, não foi lançado por causa da rescisão de contrato de Rita com a Philips. Mas nos anos 90, o jornalista e investigador musical Marcelo Fróes (também editor do tablóide International Magazine) tentou lançar o disco, já em CD. Marcelo teve apoio de Rita, mas esbarrou em problemas com um dos músicos do Tutti Frutti, que registrou o nome da banda (coisa que nem Rita fez) e exigiu receber royalties. Uma pena.
+ Rola uma lenda que algumas letras do disco Atrás do porto... teriam sido censuradas, o que teria abortado ainda mais o processo. Se é lenda ou não, o fato é que o logotipo do disco lembra vagamente a bandeira do Brasil. E a tal "cidade" da capa lembra muito um mapa do Brasil também. Lendas e mais lendas...
+ A ficha técnica do disco foi toda escrita à mão por Rita, em forma de diário - algo que foi mantido na versão CD. Entre um crédito e outro, há mensagens cifradas (como o agradecimento a "baurets"), recados pessoais e verdadeiras crônicas do momento pelo qual Rita passava, gravando um disco e querendo vê-lo acontecer.
+ Além do disco, há gravações de Rita na Philips que só saíram em singles ou em coletâneas, como "Paixão da minha existência atribulada" (ao lado de Lucia Turnbull) e "Nessa altura dos acontecimentos", além das três faixas ao vivo do LP Hollywood Rock, de 1975 (breve neste blog), "E você ainda duvida?", "Minha fama de mau" e "Mamãe Natureza". Há também um dueto entre Rita e Erasmo Carlos, "Minha fama de mau", que saiu num disco de carreira de Erasmo, Erasmo Carlos Convida..., de 1980. Nenhuma dessas gravações foi resgatada em CD.
+ O encarte do LP original - mantido na reedição em CD - trazia um pôster da banda, no maior clima lambisgóia-new-york-dolls (com destaque para Rita quase fantasiada de Ziggy Stardust).
+ A resenha ao lado é sobre o disco Atrás do porto tem uma cidade e foi publicada num site norte-americano especializado em música brasileira. Sente só: "Now officially no longer a member of Os Mutantes, Lee pursues a fairly similar musical direction - proggish boogie rock which they hope will pass as glam. Her new band, Tutto Frutto, dress like Gary Glitter clones, but they play fairly belabored, sometimes math-y, guitar rock... the most interesting touch is a frequently-used rising synth riff, lifted straight out of the Zombies' "Hung Up On A Dream". This is still borderline noteworthy, but (in all honesty) still a bit hard to take. If you were able to hang with the later Mutantes albums, then this might also work for you".
+ Além de Atrás do porto..., Rita ainda chegou a iniciar as gravações de um segundo disco com o Tutti-Frutti pela Philips. O disco, que seria a primeira produção assinada por Liminha, não foi lançado por causa da rescisão de contrato de Rita com a Philips. Mas nos anos 90, o jornalista e investigador musical Marcelo Fróes (também editor do tablóide International Magazine) tentou lançar o disco, já em CD. Marcelo teve apoio de Rita, mas esbarrou em problemas com um dos músicos do Tutti Frutti, que registrou o nome da banda (coisa que nem Rita fez) e exigiu receber royalties. Uma pena.
por Enio Martins
1 De pés no chão
(Rita Lee)
2 Yo no creo pero...
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
3 Tratos à bola
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
4 Menino bonito
(Rita Lee)
5 Pé de meia
(Rita Lee)
6 Mamãe natureza
(Rita Lee)
7 Ando jururu
(Rita Lee)
8 Eclipse do cometa
(Rita Lee)
9 Círculo vicioso
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
10 Atrás do porto tem uma cidade
(Rita Lee)
1 De pés no chão
(Rita Lee)
2 Yo no creo pero...
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
3 Tratos à bola
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
4 Menino bonito
(Rita Lee)
5 Pé de meia
(Rita Lee)
6 Mamãe natureza
(Rita Lee)
7 Ando jururu
(Rita Lee)
8 Eclipse do cometa
(Rita Lee)
9 Círculo vicioso
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
10 Atrás do porto tem uma cidade
(Rita Lee)
A.O.
quarta-feira, abril 16, 2008
RETRANSFORMAFRIKANDO!!!
SÃO PAULO - Multiisso, multiaquilo, multinada, André Abujamra se desdobra com gosto para ser artista no Brasil. Já reconhecido como ator, ele encarou o desafio de dançar com Denise Stoklos, na peça Cantadas, para a qual ele fez a trilha sonora e que segue em cartaz no Rio. Continua se aventurando como músico independente, e a partir do mês que vem leva seu novo disco, Retransformafrikando, debaixo do braço para praças mil. E volta aos cinemas com a trilha de Querô, ofício que já lhe rendeu um currículo de 40 longas-metragens e o apelido de "trilheiro".
Veja entrevista em vídeo
O trilheiro careteiro que diz gostar de viver nos extremos recebeu o Estado durante o Festival Curta Santos, na semana passada. Falou da sua relação com o cinema, do novo disco e, controverso que sempre é, acabou disparando contra o direito autoral, mas a favor da autoria da eterna.
Um diretor te chama para fazer a trilha de um filme. Qual é o primeiro passo?
Bem, no começo da minha carreira eu ficava emocionadíssimo, fazia, ia atrás mesmo que não gostasse fazia o filme. Hoje em dia, leio o roteiro, procuro conhecer o diretor e saber o que ele quer comigo. Eu ainda sou louco para fazer trilha sonora, sempre faço. Mas procuro conhecer o diretor, que é o maestro do filme.
É interferir na obra alheia, não?
É. Um diretor de cinema pega um ator, um diretor de fotografia, diretor de arte. E tem de ser flexível, porque pega várias pessoas talentosas para fazer um filme, que é a união de todas as artes. Se o diretor não for flexível e quiser fazer tudo sozinho, não vai se dar bem. Pode perceber: os melhores diretores são os flexíveis.
Nesse contexto, quanto você vê de autoral no seu trabalho? É muito diferente de um disco-solo seu?
Bem diferente. Você tem de fazer a música para o filme e, em geral, quando você vê um filme e não percebe muito a trilha, mas o filme é muito bonito, essa trilha sonora é a mais bonita. Tem de ser um casamento perfeito. E para o ego é um exercício muito difícil. Você tem de usar a sua arte e capacidade de criação em prol da obra do outro. Mas é uma coisa que gosto muito. Tenho aperfeiçoado, sofrido muito, e "dessofrido" também.
E a qual é a história da primeira trilha que você fez?
Fui casado com a Anna Muylaert, temos um filho juntos. Ela foi estudante de cinema na ECA nos anos 90 e eu conheci todos os diretores que passaram por ali, todo mundo. Fiz a trilha para todos os curtas daquela época. Os diretores cresceram, eu também cresci, e eles começaram a me chamar para fazer a trilha dos longas deles. Meu truque foi ser casado com uma cineasta no começo da carreira. Agora, o primeiro longa-metragem que tive a sorte de ter feito foi o Carlota Joaquina, em 1995, que foi o primeiro da retomada do cinema. De lá pra cá, já fiz 40 filmes, aqui e no exterior.
E para o seu trabalho tem diferença fazer aqui ou no exterior?
Tem diferença financeira, né? Se eu trabalhasse nos Estados Unidos, seria trilhonário, imagine, já fiz 40 longas. Mas aqui, muitos filmes eu tirei dinheiro do meu bolso porque queria trabalhar com orquestra, por exemplo. No Brasil, gasta-se muito mais dinheiro para filmar do que na pós-produção. Não tratam a pós-produção com carinho - talvez os produtores fiquem bravos comigo, mas é verdade.
Entre os seus 40 longas, há 'Carlota Joaquina', 'Durval Discos' e 'Carandiru', que são filmes muito diferentes entre si. Olhando para trás, você consegue ver alguma unidade entre essas trilhas, talvez uma marca?
Eu, André Abujamra, consigo. Precisa ver o que os outros percebem. Por exemplo, de Bicho de Sete Cabeças para Castelo Rá-Tim-Bum é uma diferença brutal, mas tem minha alminha lá. Basicamente, sou romanticão, gosto de trabalhar com orquestra e tal. Não é mesmo uma pergunta para eu responder, mas, particularmente gosto da diversidade. Gostei muito de fazer Achados e Perdidos, usei trompa, trombone, violino e cello. O seguinte, Querô, fiz com bateria, guitarra elétrica e baixo. Gosto de misturar, preciso me misturar. É isso que busco, não só com trilhas, mas no meu trabalho em geral.
Você está em cartaz no teatro também, em 'Cantadas', onde além de atuar e fazer a trilha, dá uma de bailarino ao lado da Denise Stoklos. Como está sendo?
Para o que me chamarem, eu faço. Se quiserem que eu seja ator, eu vou, até dançando estou. Sendo legal, artisticamente falando, eu faço. Me chamam de metido, mas ser artista no Brasil é complicado - bem, até ser pipoqueiro aqui é complicado. Eu faço tudo para o que me chamam porque tenho de sobreviver, tenho filhos de 28 casamentos nas costas. Daí, falam "ah, ele é multinão-sei-o-quê". Sou multinada, me chamam, eu vou lá e faço.
A melhor trilha é aquela que se funde organicamente com o filme e você nem percebe que ela estava ali ou é a que sai martelando na cabeça?
Se ela martelar na cabeça e o filme martelar junto, é o tesão dos tesões. Eu faço música e descobri que o silêncio no cinema é uma das coisas mais legais que existem. Edifício Master, por exemplo, não tem música, mas é muito musical. O silêncio, o barulho do elevador, tudo para mim é música.
Quando sai o disco novo, o 'Retransformafrikando'?
No mês que vem. É o meu segundo disco, fiz O Infinito de Pé em 2004. Fiz uma operação de redução do estômago, perdi 70 quilos. E foi mesmo um renascimento real, porque você quase morre. Fiz um disco que tem a ver com essa retransformação. Por isso, o nome é tão complicado, quer dizer que eu me retransformo e fico, não morro. É independente, vou vender debaixo do braço mesmo.
Vi que quase todo o disco já está na rede, você sempre esteve na rede, aliás. Como vê essa discussão sobre o direito autoral e pirataria?
Eu digo que essa coisa de direito autoral é complicada. Antigamente, um rei me chamava para fazer uma música, eu fazia, entregava e pronto. Ninguém mais falava sobre isso, e eu ia fazer outra. O que me enche o saco nessa coisa de direito autoral é que não tem jeito, acabou. As gravadoras ganham muito dinheiro em cima do artista, e mesmo quem vende milhões de cópias não ganha com o disco, ganha com o show. Eu sou contra pirataria, mas os caras vendem por R$ 25 um disco que deveria custar R$ 10. É inevitável que quem goste vá comprar o pirata por R$ 5. Essa coisa de direito autoral me incomoda muito. A molecada vem falar comigo "pô, a gente não tem espaço". Como não tem? Chama a sua tia e faz em cima do móvel da sua casa! Todo mundo que tem talento tem chance. Nunca tive gravadora, nunca ganhei dinheiro e estou sobrevivendo. Eu sobrevivi fazendo. Outro dia, comprei o DVD do Carlota Joaquina. Pra mim, é isso, fica para a eternidade, o meu tataraneto vai ficar sabendo o que eu fiz. Isso é importante. Agora, direito autoral? Manda ver, baixa tudo. Eu acho que deveria acabar o direito autoral, tudo deveria ser de todos.O artista que não acaba de criar, vai continuar criando. Eu bem que queria ganhar dinheiro com direito autoral, mas não vou perder o sono com isso.
Veja entrevista em vídeo
O trilheiro careteiro que diz gostar de viver nos extremos recebeu o Estado durante o Festival Curta Santos, na semana passada. Falou da sua relação com o cinema, do novo disco e, controverso que sempre é, acabou disparando contra o direito autoral, mas a favor da autoria da eterna.
Um diretor te chama para fazer a trilha de um filme. Qual é o primeiro passo?
Bem, no começo da minha carreira eu ficava emocionadíssimo, fazia, ia atrás mesmo que não gostasse fazia o filme. Hoje em dia, leio o roteiro, procuro conhecer o diretor e saber o que ele quer comigo. Eu ainda sou louco para fazer trilha sonora, sempre faço. Mas procuro conhecer o diretor, que é o maestro do filme.
É interferir na obra alheia, não?
É. Um diretor de cinema pega um ator, um diretor de fotografia, diretor de arte. E tem de ser flexível, porque pega várias pessoas talentosas para fazer um filme, que é a união de todas as artes. Se o diretor não for flexível e quiser fazer tudo sozinho, não vai se dar bem. Pode perceber: os melhores diretores são os flexíveis.
Nesse contexto, quanto você vê de autoral no seu trabalho? É muito diferente de um disco-solo seu?
Bem diferente. Você tem de fazer a música para o filme e, em geral, quando você vê um filme e não percebe muito a trilha, mas o filme é muito bonito, essa trilha sonora é a mais bonita. Tem de ser um casamento perfeito. E para o ego é um exercício muito difícil. Você tem de usar a sua arte e capacidade de criação em prol da obra do outro. Mas é uma coisa que gosto muito. Tenho aperfeiçoado, sofrido muito, e "dessofrido" também.
E a qual é a história da primeira trilha que você fez?
Fui casado com a Anna Muylaert, temos um filho juntos. Ela foi estudante de cinema na ECA nos anos 90 e eu conheci todos os diretores que passaram por ali, todo mundo. Fiz a trilha para todos os curtas daquela época. Os diretores cresceram, eu também cresci, e eles começaram a me chamar para fazer a trilha dos longas deles. Meu truque foi ser casado com uma cineasta no começo da carreira. Agora, o primeiro longa-metragem que tive a sorte de ter feito foi o Carlota Joaquina, em 1995, que foi o primeiro da retomada do cinema. De lá pra cá, já fiz 40 filmes, aqui e no exterior.
E para o seu trabalho tem diferença fazer aqui ou no exterior?
Tem diferença financeira, né? Se eu trabalhasse nos Estados Unidos, seria trilhonário, imagine, já fiz 40 longas. Mas aqui, muitos filmes eu tirei dinheiro do meu bolso porque queria trabalhar com orquestra, por exemplo. No Brasil, gasta-se muito mais dinheiro para filmar do que na pós-produção. Não tratam a pós-produção com carinho - talvez os produtores fiquem bravos comigo, mas é verdade.
Entre os seus 40 longas, há 'Carlota Joaquina', 'Durval Discos' e 'Carandiru', que são filmes muito diferentes entre si. Olhando para trás, você consegue ver alguma unidade entre essas trilhas, talvez uma marca?
Eu, André Abujamra, consigo. Precisa ver o que os outros percebem. Por exemplo, de Bicho de Sete Cabeças para Castelo Rá-Tim-Bum é uma diferença brutal, mas tem minha alminha lá. Basicamente, sou romanticão, gosto de trabalhar com orquestra e tal. Não é mesmo uma pergunta para eu responder, mas, particularmente gosto da diversidade. Gostei muito de fazer Achados e Perdidos, usei trompa, trombone, violino e cello. O seguinte, Querô, fiz com bateria, guitarra elétrica e baixo. Gosto de misturar, preciso me misturar. É isso que busco, não só com trilhas, mas no meu trabalho em geral.
Você está em cartaz no teatro também, em 'Cantadas', onde além de atuar e fazer a trilha, dá uma de bailarino ao lado da Denise Stoklos. Como está sendo?
Para o que me chamarem, eu faço. Se quiserem que eu seja ator, eu vou, até dançando estou. Sendo legal, artisticamente falando, eu faço. Me chamam de metido, mas ser artista no Brasil é complicado - bem, até ser pipoqueiro aqui é complicado. Eu faço tudo para o que me chamam porque tenho de sobreviver, tenho filhos de 28 casamentos nas costas. Daí, falam "ah, ele é multinão-sei-o-quê". Sou multinada, me chamam, eu vou lá e faço.
A melhor trilha é aquela que se funde organicamente com o filme e você nem percebe que ela estava ali ou é a que sai martelando na cabeça?
Se ela martelar na cabeça e o filme martelar junto, é o tesão dos tesões. Eu faço música e descobri que o silêncio no cinema é uma das coisas mais legais que existem. Edifício Master, por exemplo, não tem música, mas é muito musical. O silêncio, o barulho do elevador, tudo para mim é música.
Quando sai o disco novo, o 'Retransformafrikando'?
No mês que vem. É o meu segundo disco, fiz O Infinito de Pé em 2004. Fiz uma operação de redução do estômago, perdi 70 quilos. E foi mesmo um renascimento real, porque você quase morre. Fiz um disco que tem a ver com essa retransformação. Por isso, o nome é tão complicado, quer dizer que eu me retransformo e fico, não morro. É independente, vou vender debaixo do braço mesmo.
Vi que quase todo o disco já está na rede, você sempre esteve na rede, aliás. Como vê essa discussão sobre o direito autoral e pirataria?
Eu digo que essa coisa de direito autoral é complicada. Antigamente, um rei me chamava para fazer uma música, eu fazia, entregava e pronto. Ninguém mais falava sobre isso, e eu ia fazer outra. O que me enche o saco nessa coisa de direito autoral é que não tem jeito, acabou. As gravadoras ganham muito dinheiro em cima do artista, e mesmo quem vende milhões de cópias não ganha com o disco, ganha com o show. Eu sou contra pirataria, mas os caras vendem por R$ 25 um disco que deveria custar R$ 10. É inevitável que quem goste vá comprar o pirata por R$ 5. Essa coisa de direito autoral me incomoda muito. A molecada vem falar comigo "pô, a gente não tem espaço". Como não tem? Chama a sua tia e faz em cima do móvel da sua casa! Todo mundo que tem talento tem chance. Nunca tive gravadora, nunca ganhei dinheiro e estou sobrevivendo. Eu sobrevivi fazendo. Outro dia, comprei o DVD do Carlota Joaquina. Pra mim, é isso, fica para a eternidade, o meu tataraneto vai ficar sabendo o que eu fiz. Isso é importante. Agora, direito autoral? Manda ver, baixa tudo. Eu acho que deveria acabar o direito autoral, tudo deveria ser de todos.O artista que não acaba de criar, vai continuar criando. Eu bem que queria ganhar dinheiro com direito autoral, mas não vou perder o sono com isso.
A.O.
quarta-feira, abril 02, 2008
Tirem as conclusões!!!
MUTANTES - DECLARAÇÃO OFICIAL À IMPRENSA
Mutantes Depois...
02 de abril de 2008
Faz alguns meses que Mutantes tem preparado a sua resposta aos nossos fãs que esperam ainda uma declaração oficial nossa, uma vez que houve significativas mudanças em nosso grupo.
Eu e Dinho sempre achamos que fofocas devem ficar para as titias e vovós enquanto se divertem tricotando a vida alheia, portanto decidimos que a melhor maneira de dar uma satisfação ao mundo, e a vocês que nos acolheram com tanto ardor e vida é através de pronunciamento.
O nosso pronunciamento será feito com música, pois afinal este é o nosso idioma, idioma este da alma e onde as palavras são ditas com mais do que um simples propósito musical, mas sim com arte e nossa total emoção.
Fiquei e estarei sempre de luto por Arnaldo e com Zélia creio que me apressei ao julgá-la uma Mutante...Ela parecia tanto sê-lo mas descobri que em vez de Mutante ela é uma “Transformer” . Ela serviu para provar que Mutantes é maior do que qualquer um de seus membros individuais...
Bom, nós Mutantes fomos transcendidos por nossa música. Assim foi durante mais de 30 anos onde ela se fez viva por gerações após gerações e transpôs todas as impossíveis barreiras que normalmente um grupo aspirante tem pela frente.
Nós Mutantes sem gravadora, sem estarmos juntos, sem ter um disco, sem tocar em rádios, sem jabá, sem empresário, isto é, sem fazermos absolutamente nada a não ser termos feito a nossa música e arte com honestidade, conseguimos o impossível, só para provar que nada o é...
Em três meses nós estávamos tocando nos maiores e mais importantes palcos do mundo de Barbican em Londres à Hollywood Bowl em L.A., do sonhado Filmore ao Festival de Pitchfork de Milão à Lincoln Center e muitos outros que agora já são história como o Aniversário de São Paulo, grato momento em minha vida...
Mutantes em dois anos se estabeleceram como uma banda internacional de alto prestígio com o respeito de grandes formadores de opinião com Beck, Sean Lennon, Devendra Banhart e muitos e muitos outros dentro da arte em geral até a mais importante e especializada imprensa mundial como NY Times, que nos agraciou com a capa contendo críticas que no mínimo nos fez muito orgulhosos de sermos os brasileiros que quebraram a “barreira do som”, com nossas guitarras feitas em casa e nossas músicas e atitudes tupiniquins.
Agora temos um novo passo a dar, creio ser este o real motivo para a nossa reunião e retorno aos palcos do mundo, um projeto novo e virgem, um novo CD de músicas inéditas.
Eu e Dinho estamos completamente felizes em estarmos gravando agora.
Tentei desde o começo junto a meu irmão e à Zélia formar um núcleo de criação, mas foi infrutífero, pois eles não quiseram fazer músicas novas. Mas para espanto meu e total felicidade, em São Paulo, no aniversário da cidade, me reencontrei com Tom Zé e nos juntamos como parceiros. Ele é o parceiro que pedi a Deus, além de outros como Devendra Banhart que fez uma participação nesta primeira música cantando conosco. Tenho trabalhado há dois anos em compor junto com nossa maravilhosa banda e com Dinho este novo trabalho, e agora posso afirmar com a maior felicidade do mundo: “Sim estamos muito vivos e viemos para ficar”. Os músicos que chamei para formar nossa banda de suporte para o Barbican se tornaram indispensáveis, pois por graça divina vieram e couberam como luva em nossa idéia e filosofia artística. Assim como Dinho e Liminha uma vez conquistaram seu lugar na banda eles também o fizeram, eles são os Mutantes de hoje, filhos de nossas gerações sementes musicais e antes de tudo nossos maiores cúmplices. Grande Vinicius, Vitor, Henrique, Fábio, Simone e Bia.
Nós Mutantes estamos por fim felizes, e sem empecilhos que travem as nossas rodas da vida e da fortuna no grande Tarot do Universo.
Estaremos agora entregando a todos vocês, a nossa música, a primeira de muitas que estamos compondo...chama-se Mutantes Depois e é sobre vocês o nosso público os reais mutantes de cuja energia somos feitos, como uma pessoa só...
Queridos, que imensa saudade de tocar para vocês e de vê-los felizes e brilhando junto conosco...
Mutantes somos todos nós, aqueles que sonham e vivem com verdade os seus ideais no olhar na alma e no coração...
Que o Grande Arquiteto do Universo abençoe a todos e espero que se divirtam com a nossa música assim como nós estamos...
Um enorme ardoroso abraço
Sérgio Dias
Mutantes
Mutantes Depois...
02 de abril de 2008
Faz alguns meses que Mutantes tem preparado a sua resposta aos nossos fãs que esperam ainda uma declaração oficial nossa, uma vez que houve significativas mudanças em nosso grupo.
Eu e Dinho sempre achamos que fofocas devem ficar para as titias e vovós enquanto se divertem tricotando a vida alheia, portanto decidimos que a melhor maneira de dar uma satisfação ao mundo, e a vocês que nos acolheram com tanto ardor e vida é através de pronunciamento.
O nosso pronunciamento será feito com música, pois afinal este é o nosso idioma, idioma este da alma e onde as palavras são ditas com mais do que um simples propósito musical, mas sim com arte e nossa total emoção.
Fiquei e estarei sempre de luto por Arnaldo e com Zélia creio que me apressei ao julgá-la uma Mutante...Ela parecia tanto sê-lo mas descobri que em vez de Mutante ela é uma “Transformer” . Ela serviu para provar que Mutantes é maior do que qualquer um de seus membros individuais...
Bom, nós Mutantes fomos transcendidos por nossa música. Assim foi durante mais de 30 anos onde ela se fez viva por gerações após gerações e transpôs todas as impossíveis barreiras que normalmente um grupo aspirante tem pela frente.
Nós Mutantes sem gravadora, sem estarmos juntos, sem ter um disco, sem tocar em rádios, sem jabá, sem empresário, isto é, sem fazermos absolutamente nada a não ser termos feito a nossa música e arte com honestidade, conseguimos o impossível, só para provar que nada o é...
Em três meses nós estávamos tocando nos maiores e mais importantes palcos do mundo de Barbican em Londres à Hollywood Bowl em L.A., do sonhado Filmore ao Festival de Pitchfork de Milão à Lincoln Center e muitos outros que agora já são história como o Aniversário de São Paulo, grato momento em minha vida...
Mutantes em dois anos se estabeleceram como uma banda internacional de alto prestígio com o respeito de grandes formadores de opinião com Beck, Sean Lennon, Devendra Banhart e muitos e muitos outros dentro da arte em geral até a mais importante e especializada imprensa mundial como NY Times, que nos agraciou com a capa contendo críticas que no mínimo nos fez muito orgulhosos de sermos os brasileiros que quebraram a “barreira do som”, com nossas guitarras feitas em casa e nossas músicas e atitudes tupiniquins.
Agora temos um novo passo a dar, creio ser este o real motivo para a nossa reunião e retorno aos palcos do mundo, um projeto novo e virgem, um novo CD de músicas inéditas.
Eu e Dinho estamos completamente felizes em estarmos gravando agora.
Tentei desde o começo junto a meu irmão e à Zélia formar um núcleo de criação, mas foi infrutífero, pois eles não quiseram fazer músicas novas. Mas para espanto meu e total felicidade, em São Paulo, no aniversário da cidade, me reencontrei com Tom Zé e nos juntamos como parceiros. Ele é o parceiro que pedi a Deus, além de outros como Devendra Banhart que fez uma participação nesta primeira música cantando conosco. Tenho trabalhado há dois anos em compor junto com nossa maravilhosa banda e com Dinho este novo trabalho, e agora posso afirmar com a maior felicidade do mundo: “Sim estamos muito vivos e viemos para ficar”. Os músicos que chamei para formar nossa banda de suporte para o Barbican se tornaram indispensáveis, pois por graça divina vieram e couberam como luva em nossa idéia e filosofia artística. Assim como Dinho e Liminha uma vez conquistaram seu lugar na banda eles também o fizeram, eles são os Mutantes de hoje, filhos de nossas gerações sementes musicais e antes de tudo nossos maiores cúmplices. Grande Vinicius, Vitor, Henrique, Fábio, Simone e Bia.
Nós Mutantes estamos por fim felizes, e sem empecilhos que travem as nossas rodas da vida e da fortuna no grande Tarot do Universo.
Estaremos agora entregando a todos vocês, a nossa música, a primeira de muitas que estamos compondo...chama-se Mutantes Depois e é sobre vocês o nosso público os reais mutantes de cuja energia somos feitos, como uma pessoa só...
Queridos, que imensa saudade de tocar para vocês e de vê-los felizes e brilhando junto conosco...
Mutantes somos todos nós, aqueles que sonham e vivem com verdade os seus ideais no olhar na alma e no coração...
Que o Grande Arquiteto do Universo abençoe a todos e espero que se divirtam com a nossa música assim como nós estamos...
Um enorme ardoroso abraço
Sérgio Dias
Mutantes
Enviado por:
Contatos Imprensa- Márcia Stival
MMW - Let´s go Everywhere!
Chamativo o titulo, não? me lembro quando estava em casa, esperando para ensaiar com meus amigos Diogo, Lucon, Guilherme e sei lá mais quem. Nisso coloquei um som para escutar, acho que Art Blakey, enquanto eu e Diogo fomos ver o pipoqueiro passar na rua, atraídos pelo cheiro da Maria. Travessura ou magia, Lucon colocou um disco novo no play. Dos falantes saiu um groove que me grudou com a orelha nas ondas, hipnotizado e longe dali (mas com o som acompanhando), comecei a flutuar na musica e, de repente, entra pela porta da frente aquela linha harmonica. Aquilo sim foi um som apresentado, absurdo o que um trio (bass, guitar, drums) podia fazer, nunca tinha escutado algo parecido!!! Medeski, Martin and Wood. O disco? Shack-man (October 15, 1996 - A blessing descended from above when this album was created. How else could music this beatific be created in a Hawaiin shack with the help of solar power? The melodies are intoxicating, the beats are badder than the JB's on a good day, and Mr. Wood is the funky glue). Uma viagem, uma ilusão.............sonho..........será que algum dia..........?
1-Waking Up
2-Let's Go Everywhere
3-Cat Creeps
4-The Train Song
5-Where's The Music
6-Pat A Cake
7-Pirates Don't Take Baths
8-Far East Sweets
9-On An Airplane
10-The Squalb
11-Let's Go
12-Old Paint
13-Hickory Dickory Dock
14-All Around The Kitchen
15-We're All Connected
DOWNLOAD
A.O.
Formado por John Medeski (teclas em geral), Chris Wood (baixos acústico e elétrico) e Billy Martin (bateria e percussão), o grupo, que adota a clássica e tenaz formação "piano trio" (baixo-bateria-piano), chuta sempre em direções inesperadas. Seja ao incorporar batidas rap, seja apostando na interação com DJs, seja em seu descarado flerte com o pós-rock, a banda até agora acertou a mão em tudo que fez.
Aqui vem a apresentação de seu ultimo trabalho, lançado no começo de 2008, Let´s go Everywhere tem uma conotação infantil. Nunca ler infantilização da musica, mas sim dos temas. Grooves e distorçoes dignas de MMW mas com vocais infantis, temas de historinhas infantis, muitas delas interpretadas pela propria prole dos musicos.
Aqui vai uma entrevista que o baterista Billy Martin concedeu por e-mail ao Scream & Yell:
Em primeiro lugar: a banda continua instalada em Nova York?
Sim.
Como a confusão de 11 de setembro afetou vocês?
Foi chocante, e tínhamos uma turnê agendada pelos Estados Unidos para o mês seguinte. Continuamos a turnê e a finalizamos em Nova York no feriado de Halloween (31 de outubro) com um grande show para uma casa lotada de espírito muito positivo. Nós sentimos que nosso trabalho é manter o espírito musical e o espírito das pessoas vivos.
O MM&W tocou no Brasil no Free Jazz Festival de 99, batizou uma das músicas de seu primeiro álbum [Notes From The Underground, inédito no Brasil] de Hermeto's Daydream, e The Dropper [penútlimo álbum da banda, também inédito no Brasil] mostrou alguns elementos percussivos brasileiros como cuíca, berimbau e surdo, além de uma música chamada Partido Alto. Qual seu aspecto predileto a respeito da música brasileira? Quem são seus favoritos na música brasileira, aqueles que mais te influenciaram?
O uso de percussão de um modo completamente musical. A influência do ritmo africano misturada com harmonia ocidental e oriental. Batucada grooves like no other music that I know. Os músicos que mais me influênciaram foram Hermeto, Nenê, Naná Vasconcelos, Robertinho Silva, Djalma Correa, Gilberto Gil, Jobim, Elis Regina, a escola de samba Padre Miguel, Egberto Gismonti...
Billy, já ouviu o disco acústico que Jorge Ben Jor gravou via MTV? Bacaninha.
Não, adoraria ouvir isso.
Ok, eu te mando esse disco e tu me manda os últimos do MM&W. Topa?
Trato feito.
Alguns críticos acharam que The Dropper acrescentou um pouco da estética pós-rock ao som usualmente cheio de groove do Medeski, Martin & Wood. Você concorda?
Sim.
Tendo em vista que o pós-rock é genericamente descrito como uma colisão do jazz com o punk, podemos dizer que o MM&W é a banda de jazz mais punk da atualidade?
:)Às vezes.
O que acha de artistas como Tortoise e Mogwai, que utilizam dinâmicas jazzísticas em músicas de teor rock?
Eu gosto um bocado de Tortoise.
Page Hamilton (do finado Helmet), Lee Ranaldo e Thurston Moore (do Sonic Youth) foram discípulos de Glenn Branca [cabeção do jazz vanguardista nova-iorquino]. O que você acha da abordagem que essas bandas têm (ou tinham) do jazz?
Não sei, esse espírito de criar e usar o som criando novos meios de compor e se apresentar parece ser típico da região central de Nova York, e outras cidades e culturas vêm fazendo isso há muito tempo. O que eu vejo é que um bocado de gente que normalmente só ouvia rock está se interessando pelo som do MM&W e por jazz, de forma geral.
Algumas pessoas acreditam que o mérito disso reside nos "álbuns gêmeos" lançados pelos Beastie Boys na década passada, Check Your Head e Ill Communication, que introduziram à audiência rock nomes até então alienígenas como Jimmy Smith e Meters. Por outro lado, algumas pessoas dizem que isso é um reflexo da renovação do interesse das pessoas pelas chamadas "jam bands" representadas atualmente pelas bandas de stoner rock. Qual você acha que é o verdadeiro motivo para essas pessoas ficarem ligadas no som do MM&W?
Há um vácuo no que diz respeito a uma abordagem sincera da música que seja realmente emocional, funky e de vanguarda. Então estamos preenchendo esse vazio de um modo bastante inesperado.
O MM&W causa arrepios em críticos de jazz puristas, principalmente devido às técnicas pouco usuais que vocês utilizaram em seus últimos discos, como o uso de overdubs e a interação com DJs. Irrita a banda o fato de não ser considerada "suficientemente jazz" por esses críticos?
Não, na verdade não. O que é frustrante é ver críticos discutindo sua música sem realmente entender o artista ou mesmo sem escutar a banda ao vivo...
Você próprio acha que o MM&W não é estritamente jazz? Essa classificação que alguns fazem do som do MM&W como "acid jazz orgânico" chega a incomodar?
Às vezes. Para mim, acid jazz é leve, iluminado. Nossa música vai mais fundo que isso. Não somos estritamente jazz.Algumas pessoas tendem a pesquisar artistas influenciais do jazz após ouvir o som do MM&W e toda a música que se vale de elementos jazzísticos em voga hoje em dia. Os artistas que recomendaria a essas pessoas são...[John] Coltrane, [Thelonius] Monk, Miles [Davis] , [Charles] Mingus, [Duke] Ellington, [Louis] Armstrong, [Sidney] Bechet, Sun Ra, Albert Ayler, Ornette Coleman...
Falando sobre Uninvisible: quando escutei o disco pela primeira vez, senti uma forte presença de efeitos dub, principalmente na faixa título, efeitos de eco malucos mixados com o som tipicamente balançante de vocês, o que soou bem legal. Além disso, senti um clima sinistro e inquietante por toda parte. Concorda? O que, exatamente, o MM&W quer colocar entre as orelhas do ouvinte?
Trevas e luz. Funky e esquisito e belo.
Aqui no Brasil, as pessoas não têm acesso à maioria de seus álbuns em edição nacional, e importados são obscenamente caros. Vê algum problema em baixarem suas músicas da internet?
Se elas não podem comprar nas lojas, elas baixam em MP3. Mas por quê isso acontece? Temos que dar um toque pra Blue Note Records [tradicional gravadora de jazz americana, atual lar da banda].
Sobre It’s A jungle In Here e Shack-Man, os álbuns que estão sendo lançados no Brasil através da Trama: como você descreveria o feeling de cada um? O que esses álbuns representam?
It's A jungle In Here foi o primeiro a ser produzido de maneira mais independente, logo após Notes From The Underground. Shack-Man foi um dos melhores e mais desafiadores discos que já produzimos, completamente independentes da gravadora, exceto pelo fato de que nos deram um pequeno orçamento. Decidimos entrar fundo na selva do Hawaii, só nos três e o engenheiro/produtor David Baker.
It's A jungle In Here foi o primeiro a ser produzido de maneira mais independente, logo após Notes From The Underground. Shack-Man foi um dos melhores e mais desafiadores discos que já produzimos, completamente independentes da gravadora, exceto pelo fato de que nos deram um pequeno orçamento. Decidimos entrar fundo na selva do Hawaii, só nos três e o engenheiro/produtor David Baker.
Qual seu disco favorito do MM&W? Qual o propósito por trás dos vários trabalhos solo que vocês três mantêm?
Acho que Shack-Man é um clássico. Eu realmente adoro The Dropper, também. Nós três tentamos fazer coisas fora da banda para manter as coisas interessantes sempre que voltamos a tocar juntos. Trazemos a energia de fora para dentro da banda.
O que é que você curte mais: pintar ou espancar sua bateria?
Adoro as duas coisas, mas venho tocando bateria há muito mais tempo e com muito mais afinco.
Qual é que é a desse vídeo da banda produzido pela Industrial Light & Magic de George Lucas?
Qual é que é a desse vídeo da banda produzido pela Industrial Light & Magic de George Lucas?
Um belo vídeo. É um roteiro bem simples, sobre a gente saindo de casa e indo para nosso estúdio Shacklyn no Brooklin, tocando enquanto caminhamos pela rua, e termina com a gente tocando num show ao vivo no clube Providence, de Rhode Island. Mas na verdade filmaram a gente entrando no Tonic, em Nova York.
Quem são os artistas no jazz moderno que você acredita que merecem ser ouvidos?
Sun Ra, Other Dimensions In Music, Masada, Marc Ribot, The Lounge Lizards.
Qual é exatamente o objetivo principal do MM&W?
Fazer música juntos e continuar evoluindo.
E, finalmente: quem se sai melhor, os americanos no jazz ou os brasileiros no trato com a pelota?
E, finalmente: quem se sai melhor, os americanos no jazz ou os brasileiros no trato com a pelota?
Não vejo diferença!
Vê-se que o Batera não gostou muito da entrevista né, perguntas sem coerencia e, pior de tudo, tratando esse mago do groove como um camarada que o conhece há anos......... fim de carreira mesmo, quem sabe da proxima vez não colocam alguem que conhece a obra de MMW e o trate como o verdadeiro profissional que ele é.
1-Waking Up
2-Let's Go Everywhere
3-Cat Creeps
4-The Train Song
5-Where's The Music
6-Pat A Cake
7-Pirates Don't Take Baths
8-Far East Sweets
9-On An Airplane
10-The Squalb
11-Let's Go
12-Old Paint
13-Hickory Dickory Dock
14-All Around The Kitchen
15-We're All Connected
DOWNLOAD
A.O.
quinta-feira, março 20, 2008
NO CORAÇÃO DO MAR.
Nesse livro, Nathaniel Phillbrick narra, com muita clareza, o sofrimento e a luta pela sobrevivencia de 20 naufragos de uma baleeira. Provenientes de Nantucket, os marinheiros saem para o mar em busca do petróleo da época, óleo de baleia. A ilha tem tradição em formar caçadores desses grandes mamiferos, jovens são recrutados e tem o prazer em exercer tal função. Com 27 anos, muitos já eram capitaes.
Em viagens que duravam at´e dois ou tres anos em alto mar, os marinheiros passavam por poucas e boas para voltarem satisfeitos para casa, voltar sem o minimo de óleo era uma vergonha para o capitão.
Mas como os sabios indios falavam "tudo que é feito na natureza volta ao homem branco". E assim foi, nada esperado, de um animal tão dócil quanto a baleia, o revide foi cruel. Um primeiro aviso, uma trombada, logo viram o animal se afastar em uma distancia de mais ou menos trezentos metros, meia volta e, deixando um restro branco na agua devido sua impulsão, proporcionou a segunda colisão. Essa extrememente mais catastrofica que a primeira, deixando uma imensa rupção no casco, fazendo com que os marujos só tivessem uma escolha, assegurar seus mantimentos de agua doce e comida e, em duas baleeiras, serem expectadores do naufrágio do gigante Essex.
Ai sim começa a narrativa cruel. Dentro de duas pequenas baleeiras, no meio do pacifico, a deriva, expostos ao sol infernal e as chuvas torrenciais e com mantimentos de comida e bebida muito restritos, eles começaram a penar. Resistiram ao maximo da condição humana, seus corpos cobertos por bolhas, a boca extremamente seca com a falta de agua e a exposição ao sal marinho, seus organismos começaram a padecer. Não bastasse, a unia ilha que conseguiram chegar era de coral, a unica fonte de agua doce ficava abaixo do nivel da agua salgada, na mare alta. Sofrimento.
Forçados a sairem, entraram a deriva denovo, mas 3 resolveram ficar. As duas baleeiras, depois de reformadas, voltaram ao mar, sem sorte, foram atacados mpor uma orca, logo apos, uma tempestade que os fizeram separar.
Com duvidas e escolhas direcionais para não encontrar os selvagens canibais, acabaram como eles, sem comida, se viram obrigados a comerem a carne dos companhiros que faleciam. Quando a morte nao era natural, faziam o jogo do azar, aquele que ao acaso pegasse o menos pedaço de papel seria executado para servir de alimento aos outros. Infelicidade de quem pegou, foi comido. Isso foi até uma baleeira ser resgatada e, logo apos, ha umas milhas dali, a outra. Levados a costa chilena para serem tratados, avisaram dos tres tripulantes que permaneceram na ilhe e, apos 2 meses, voltaram a Nantucket.
Dos 20 apenas 8 sobreviveram, tres na ilha, tres em uma baleeira e dois em outra.
Atravez dos relatos dos sobreviventes, arquivos, analises descritivas e observação direta, o autor escreve essa emocionante e drastica sujeição as forças da natureza. Não esquecendo das consequentes sequelas adquiridas pela experiencia.
Tudo isso inspira Melville a escrever o romence Moby Dick.
CONTRACAPA:Nunca se imaginara que uma baleia pudesse atacar um navio. Em 1820, porém, o baleeiro Essex foi abalroado por um cachalote enfurecido e afundou rapidamente. Os marujos reuniram o que puderam em três botes e, durante três meses, navegaram milhares de milhas pelo Pacífico em busca de salvação. Os rigores da natureza, a fome e a sede lhes impuseram sofrimentos atrozes e os levaram aos extremos da loucura, da morte e do canibalismo.Esta é a história verídica que, no século XIX, inspirou Herman Melville a escrever "Moby Dick", e que o historiador Nathaniel Philbrick reconstitui aqui em todos os detalhes, apoiado em ampla pesquisa e fontes inéditas. Uma tragédia vivida por pessoas reais e que põe em questão os limites da capacidade de sobrevivência humana.
ORELHA:O naufrágio do navio baleeiro Essex, no século XIX, foi um acontecimento tão comentado nos Estados Unidos quanto o naufrágio do Titanic no século XX. Abalroada duas vezes por uma baleia - que a golpeou com a cabeça -, a embarcação afundou rapidamente. O episódio inspirou Herman Melville a escrever sua obra mais conhecida, "Moby Dick". Entre a realidade e o romance, porém, há uma diferença fundamental: em Melville, o naufrágio é o clímax que encerra a história do confronto do capitão Ahab com a baleia branca; na vida real, ele foi o início de uma terrível provação para os tripulantes do Essex.Amontoados em três botes, numa região remota do Oceano Pacífico, os marujos navegaram durante três meses, percorrendo milhares de milhas em mar aberto, na esperança de encontrar terra firme ou um navio que os salvasse. A escassez de água e comida os submeteu aos horrores da inanição e da desidratação, da doença e da loucura, e os levou aos extremos da morte e do canibalismo.Mais do que uma aventura, a tragédia desses homens simples - alguns ainda adolescentes - desafia o leitor a refletir sobre a capacidade de resistência do espírito humano diante de adversidades insuperáveis.Nathaniel Philbrick, grande conhecedor da história de Nantucket, é diretor do Egan Institute of Maritime Studies e pesquisador da Nantucket Historical Association. Escreveu vários livros, entre eles "Away off Shore: Nantucket Island and its People, 1602-1890" e "Abram´s Eyes: The Native American Legacy of Nantucket Island". Velejador campeão, vive em Nantucket, Massachusetts.
A.O.
Economia da Cultura
* Gilberto Gil e Paula Porta
A diversa e sofisticada produção cultural brasileira deve ser entendida como um dos grandes ativos econômicos do país O IBGE lançou, em parceria com o Ministério da Cultura, a segunda pesquisa de indicadores da economia da cultura. Os números são expressivos: as 320 mil empresas do setor geram 1,6 milhão de empregos formais e representam 5,7% das empresas do país. A cultura é o setor que melhor remunera, sua média salarial é 47% superior à nacional.
O fomento à economia da cultura é um dos eixos prioritários de ação do MinC. Criado em 2006, o nosso Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura trabalha em três frentes: informação, capacitação e promoção de negócios.
O Brasil tem evidente vocação para tornar a economia da cultura um vetor de desenvolvimento qualificado, em razão de nossa diversidade e alta capacidade criativa. Temos importantes diferenciais competitivos, como a excelência dos produtos, a disponibilidade de profissionais de alto nível e a facilidade de absorção de tecnologias. Temos um mercado interno forte, no qual a produção nacional tem ampla primazia sobre a estrangeira - a música e o conteúdo de TV são exemplos robustos, em que o predomínio chega a 80%. O prestígio do país está em alta, temos a oportunidade de ampliar mercados.
A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são o principal item da pauta de exportações dos Estados Unidos e representam 8% do PIB da Inglaterra. O setor vem ganhando atenção.
Um de seus fortes ativos é a propriedade intelectual, mas segmentos dinâmicos, como festas e artesanato, não são baseados em patente ou direito autoral. O setor depende pouco de recursos esgotáveis e tem baixo impacto ambiental. Gera produtos com alto valor agregado e é altamente empregador. Seu desenvolvimento econômico vincula-se ao social pelo seu potencial inclusivo e pelo aprimoramento humano inerente à produção e à fruição de cultura.
A tecnologia digital criou novas formas de produzir, distribuir e consumir cultura e, com elas, surgem novos modelos de negócio e de competição por mercados, nos quais a capacidade criativa ganha peso em relação ao porte do capital.
O desenvolvimento da economia da cultura exige mecanismos diversificados de fomento, diferentes da política de fomento via leis de incentivo fiscal. É preciso formular ações integradas e contínuas que enfrentem os gargalos, sobretudo quanto à distribuição de produtos e espetáculos e à democratização do acesso ao rádio e à TV. Implantar uma estratégia para esse setor é um desafio imediato se quisermos aproveitar oportunidades geradas pelas novas tecnologias.
Esse desafio envolve Estado, entidades setoriais e iniciativa privada e requer: (1) implantar agenda para os segmentos dinâmicos; (2) aprofundar o conhecimento sobre eles, para subsidiar o planejamento das políticas públicas e das empresas; (3) capacitar empresas e produtores, sobretudo em gestão de propriedade intelectual; (4) identificar oportunidades de mercado; (5) ampliar a presença no mercado externo; (6) dinamizar o tripé distribuição-circulação-divulgação e, (7) enfrentar a necessidade de regulação e atualização na legislação.
Em 2007, realizamos as primeiras ações diretas de promoção de negócios, como a Feira Música Brasil, a elaboração do programa do artesanato de tradição cultural e o apoio à exportação do audiovisual. Firmamos parcerias para incluir o setor no escopo de ação dos órgãos de fomento e pesquisa. Com o BNDES, linhas especiais de crédito e inclusão de fornecedores da cultura no cartão BNDES. Com o BNB e o Basa, linhas de microcrédito com mudanças nas garantias. Com o IBGE, coleta de informações e construção de indicadores, que deve culminar no PIB da cultura. Com o Sebrae, formulamos seu programa para o setor. Com o Ipea, contratamos estudos. Banco do Brasil e Caixa estudam produtos específicos. Com o BID, parceria para pesquisas de cadeia produtiva.
Ainda é preciso evoluir muito nas ações de fomento e na capacidade de formulação e planejamento por parte dos realizadores e das organizações do setor, superando a lógica de projetos pontuais. A diversa e sofisticada produção cultural brasileira, além de sua relevância simbólica e social, deve ser entendida como um dos grandes ativos econômicos do país, capaz de gerar desenvolvimento. Realizar esse potencial significa produzir riqueza e inclusão social, além da inserção qualificada do país no cenário internacional.
* GILBERTO PASSOS GIL MOREIRA, 65, músico, é o ministro da Cultura. PAULA PORTA, historiadora, doutora pela USP, é assessora especial do ministro da Cultura e coordenadora do Prodec (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura).
- Artigo originamente publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 3/2/2008, em Tendências e Debates.
O fomento à economia da cultura é um dos eixos prioritários de ação do MinC. Criado em 2006, o nosso Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura trabalha em três frentes: informação, capacitação e promoção de negócios.
O Brasil tem evidente vocação para tornar a economia da cultura um vetor de desenvolvimento qualificado, em razão de nossa diversidade e alta capacidade criativa. Temos importantes diferenciais competitivos, como a excelência dos produtos, a disponibilidade de profissionais de alto nível e a facilidade de absorção de tecnologias. Temos um mercado interno forte, no qual a produção nacional tem ampla primazia sobre a estrangeira - a música e o conteúdo de TV são exemplos robustos, em que o predomínio chega a 80%. O prestígio do país está em alta, temos a oportunidade de ampliar mercados.
A economia da cultura, que envolve produção, circulação e consumo de produtos e serviços culturais, já responde por 7% do PIB mundial. Os produtos culturais são o principal item da pauta de exportações dos Estados Unidos e representam 8% do PIB da Inglaterra. O setor vem ganhando atenção.
Um de seus fortes ativos é a propriedade intelectual, mas segmentos dinâmicos, como festas e artesanato, não são baseados em patente ou direito autoral. O setor depende pouco de recursos esgotáveis e tem baixo impacto ambiental. Gera produtos com alto valor agregado e é altamente empregador. Seu desenvolvimento econômico vincula-se ao social pelo seu potencial inclusivo e pelo aprimoramento humano inerente à produção e à fruição de cultura.
A tecnologia digital criou novas formas de produzir, distribuir e consumir cultura e, com elas, surgem novos modelos de negócio e de competição por mercados, nos quais a capacidade criativa ganha peso em relação ao porte do capital.
O desenvolvimento da economia da cultura exige mecanismos diversificados de fomento, diferentes da política de fomento via leis de incentivo fiscal. É preciso formular ações integradas e contínuas que enfrentem os gargalos, sobretudo quanto à distribuição de produtos e espetáculos e à democratização do acesso ao rádio e à TV. Implantar uma estratégia para esse setor é um desafio imediato se quisermos aproveitar oportunidades geradas pelas novas tecnologias.
Esse desafio envolve Estado, entidades setoriais e iniciativa privada e requer: (1) implantar agenda para os segmentos dinâmicos; (2) aprofundar o conhecimento sobre eles, para subsidiar o planejamento das políticas públicas e das empresas; (3) capacitar empresas e produtores, sobretudo em gestão de propriedade intelectual; (4) identificar oportunidades de mercado; (5) ampliar a presença no mercado externo; (6) dinamizar o tripé distribuição-circulação-divulgação e, (7) enfrentar a necessidade de regulação e atualização na legislação.
Em 2007, realizamos as primeiras ações diretas de promoção de negócios, como a Feira Música Brasil, a elaboração do programa do artesanato de tradição cultural e o apoio à exportação do audiovisual. Firmamos parcerias para incluir o setor no escopo de ação dos órgãos de fomento e pesquisa. Com o BNDES, linhas especiais de crédito e inclusão de fornecedores da cultura no cartão BNDES. Com o BNB e o Basa, linhas de microcrédito com mudanças nas garantias. Com o IBGE, coleta de informações e construção de indicadores, que deve culminar no PIB da cultura. Com o Sebrae, formulamos seu programa para o setor. Com o Ipea, contratamos estudos. Banco do Brasil e Caixa estudam produtos específicos. Com o BID, parceria para pesquisas de cadeia produtiva.
Ainda é preciso evoluir muito nas ações de fomento e na capacidade de formulação e planejamento por parte dos realizadores e das organizações do setor, superando a lógica de projetos pontuais. A diversa e sofisticada produção cultural brasileira, além de sua relevância simbólica e social, deve ser entendida como um dos grandes ativos econômicos do país, capaz de gerar desenvolvimento. Realizar esse potencial significa produzir riqueza e inclusão social, além da inserção qualificada do país no cenário internacional.
* GILBERTO PASSOS GIL MOREIRA, 65, músico, é o ministro da Cultura. PAULA PORTA, historiadora, doutora pela USP, é assessora especial do ministro da Cultura e coordenadora do Prodec (Programa de Desenvolvimento da Economia da Cultura).
- Artigo originamente publicado no jornal Folha de S.Paulo, em 3/2/2008, em Tendências e Debates.
A.O.
terça-feira, março 18, 2008
Livro retrata modernidade da obra de Vinicius de Moraes; leia capítulo
"Vinicius de Moraes (1913-80) é o caso típico do artista que, ao longo do tempo, foi sendo sobreposto à própria obra. Fala-se muito do poeta, mas lê-se insuficientemente sua poesia; sabemos de cor alguns de seus versos antológicos, mas não raro estancamos ali, sem seguir adiante, ou, se avançamos com a atenção devida, nem sempre nos arriscamos em textos menos consagrados; ao ouvir suas canções, somos tomados por uma tal beleza que nos parece desnecessário pensar sobre elas; repetimos uma série de opiniões de tal modo cristalizadas que parecem prescindir do confronto com a apreciação crítica da obra.
Acumulam-se casos sobre o personagem e, nesse sentido, Vinicius de Moraes é um poeta sob muitas histórias. Assim, chegar até ele exige atravessar a densa camada de narrativas que acabou por constituir uma espécie de mitologia: o homem e suas emoções desenfreadas, os muitos casamentos, os numerosos amigos, a boemia, seu desprendimento, seu romantismo, seus diminutivos carinhosos, seu desprezo pela gravata e por toda formalidade. Há os que se comovem e aderem ao mito; há os que o rejeitam. É necessário, no entanto, muito mais que isso.
Sem grande esforço, podemos considerar que tal mitologia resulta simplesmente da popularidade de Vinicius, e que esta é menos uma conseqüência de seu trabalho como poeta que o resultado de sua atuação como letrista. Em grande medida, a avaliação está correta. Valeria a pena observar, porém, que a popularidade foi o resultado excelente de um projeto interno da obra de Vinicius, que refez o curso inicial de sua poesia --marcada por certo isolamento aristocrático de ordem intelectual e moral-- em direção a uma abertura afetiva e estética, próxima de seu tempo e de sua verdadeira inclinação para o diálogo.
Observando-se algumas opções dessa poesia já madura e decididamente moderna, e situando-a no quadro mais amplo da modernidade, concluímos que a poética de Vinicius preza mais a clareza que o hermetismo; não há uma busca pela inovação formal ininterrupta, mas a incorporação de formas e temas caros à tradição lírica ocidental; a fuga da realidade convive com o apreço pela experiência comum; o distanciamento da língua usual não impede, como contrapartida, a absorção de traços coloquiais, do vocabulário e da sintaxe correntes.
Seria um engano, porém, inferir que tais escolhas redundam num simples pacto de reconhecimento com o leitor, como se nos poemas nos assegurássemos do já sabido; ao contrário, a palavra de Vinicius instala um necessário processo de singularização das coisas, do tempo, do espaço, dos afetos, exigindo, por isso, uma percepção aguda e demorada. Mas também é certo que essa palavra, tanto no poema quanto na canção, reinstala o mundo de modo tão generoso e acolhedor que logo nos abrigamos nele, sem nos darmos conta, por vezes, de que estamos dentro de uma invenção, de uma linguagem para sempre nova, na qual predominam a imaginação e a transformação. E, de fato, corremos o risco de fruir apenas o que na paisagem nos parece confortável, sem atentar para o que ali é estranhamento, novidade, construção. Este risco, porém, é a conseqüência, ainda que não pretendida, de uma série de fatores e opções que alcançaram o seu ponto máximo de realização. Poetas que fizeram escolhas opostas às de Vinicius e chegaram à excelência ambicionada correram outros riscos. Enfim, toda leitura exige que se desconfie da comodidade.
Se o encaminhamento para a canção popular não era previsível, foi, no mínimo, bastante coerente com a atuação artística e intelectual de Vinicius de Moraes. E se a partir daí tudo se converteria em popularidade, sua figura tornou-se mais complexa, na medida em que frustrava expectativas, desmontava hierarquias socioculturais e fundia estratos diferenciados da cultura. A bossa nova e seus desdobramentos não tardariam, no entanto, a ratificar o alcance das escolhas de Vinicius, tendo em vista o quanto a canção popular incorporaria uma inteligência sofisticada, em diálogo com as experiências antes restritas à literatura. Hoje, quando avaliamos em conjunto a música brasileira e acumulamos um número expressivo de trabalhos críticos e teóricos voltados para a sua compreensão, praticamente perdemos de vista o destemor do poeta ao se converter em letrista e os juízos que despertou então.
A popularidade do compositor-cantor deve-se ainda, é preciso acrescentar, à sua presença em shows e nos meios de comunicação de massa, sobretudo nos anos 70. À época, quando a chamada MPB esteve intimamente associada ao movimento estudantil --alvos permanentes da vigilância dos órgãos de repressão da ditadura militar-- Vinicius, ao lado de seu parceiro Toquinho, lotava os auditórios universitários. Boates, cervejarias e casas de espetáculo nacionais e internacionais também faziam parte do circuito da dupla, que instaurava, em meio às sombras daqueles tempos, um rastro de liberdade e alegria por onde passasse.
Este breve livro tenta uma visão equilibrada, focalizando a palavra do poeta nos poemas (capítulo 1) e nas canções (capítulo 2). No primeiro caso, abrindo mão de quadros amplos, fases, influências, vão-se examinar determinadas constantes e/ou variantes temáticas e formais, privilegiando-se a leitura de poemas. No segundo, a atenção estará voltada para determinados traços caracterizadores do cancioneiro de Vinicius, com destaque para os momentos que solidificaram sua prática composicional. A abordagem interpretativa privilegia, desse modo, pequenos sinais, elementos mínimos nos quais esperamos reconhecer alguns marcos de entrada na vasta obra de Vinicius. O convite, afinal, foi ele próprio quem nos fez, a todos, em "Poética (II)": "Entrai, irmãos meus!". "
"Folha Explica Vinicius de Moraes"Autor: Eucanaã FerrazEditora: PublifolhaPáginas: 114Quanto: R$ 17,90Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
Acumulam-se casos sobre o personagem e, nesse sentido, Vinicius de Moraes é um poeta sob muitas histórias. Assim, chegar até ele exige atravessar a densa camada de narrativas que acabou por constituir uma espécie de mitologia: o homem e suas emoções desenfreadas, os muitos casamentos, os numerosos amigos, a boemia, seu desprendimento, seu romantismo, seus diminutivos carinhosos, seu desprezo pela gravata e por toda formalidade. Há os que se comovem e aderem ao mito; há os que o rejeitam. É necessário, no entanto, muito mais que isso.
Sem grande esforço, podemos considerar que tal mitologia resulta simplesmente da popularidade de Vinicius, e que esta é menos uma conseqüência de seu trabalho como poeta que o resultado de sua atuação como letrista. Em grande medida, a avaliação está correta. Valeria a pena observar, porém, que a popularidade foi o resultado excelente de um projeto interno da obra de Vinicius, que refez o curso inicial de sua poesia --marcada por certo isolamento aristocrático de ordem intelectual e moral-- em direção a uma abertura afetiva e estética, próxima de seu tempo e de sua verdadeira inclinação para o diálogo.
Observando-se algumas opções dessa poesia já madura e decididamente moderna, e situando-a no quadro mais amplo da modernidade, concluímos que a poética de Vinicius preza mais a clareza que o hermetismo; não há uma busca pela inovação formal ininterrupta, mas a incorporação de formas e temas caros à tradição lírica ocidental; a fuga da realidade convive com o apreço pela experiência comum; o distanciamento da língua usual não impede, como contrapartida, a absorção de traços coloquiais, do vocabulário e da sintaxe correntes.
Seria um engano, porém, inferir que tais escolhas redundam num simples pacto de reconhecimento com o leitor, como se nos poemas nos assegurássemos do já sabido; ao contrário, a palavra de Vinicius instala um necessário processo de singularização das coisas, do tempo, do espaço, dos afetos, exigindo, por isso, uma percepção aguda e demorada. Mas também é certo que essa palavra, tanto no poema quanto na canção, reinstala o mundo de modo tão generoso e acolhedor que logo nos abrigamos nele, sem nos darmos conta, por vezes, de que estamos dentro de uma invenção, de uma linguagem para sempre nova, na qual predominam a imaginação e a transformação. E, de fato, corremos o risco de fruir apenas o que na paisagem nos parece confortável, sem atentar para o que ali é estranhamento, novidade, construção. Este risco, porém, é a conseqüência, ainda que não pretendida, de uma série de fatores e opções que alcançaram o seu ponto máximo de realização. Poetas que fizeram escolhas opostas às de Vinicius e chegaram à excelência ambicionada correram outros riscos. Enfim, toda leitura exige que se desconfie da comodidade.
Se o encaminhamento para a canção popular não era previsível, foi, no mínimo, bastante coerente com a atuação artística e intelectual de Vinicius de Moraes. E se a partir daí tudo se converteria em popularidade, sua figura tornou-se mais complexa, na medida em que frustrava expectativas, desmontava hierarquias socioculturais e fundia estratos diferenciados da cultura. A bossa nova e seus desdobramentos não tardariam, no entanto, a ratificar o alcance das escolhas de Vinicius, tendo em vista o quanto a canção popular incorporaria uma inteligência sofisticada, em diálogo com as experiências antes restritas à literatura. Hoje, quando avaliamos em conjunto a música brasileira e acumulamos um número expressivo de trabalhos críticos e teóricos voltados para a sua compreensão, praticamente perdemos de vista o destemor do poeta ao se converter em letrista e os juízos que despertou então.
A popularidade do compositor-cantor deve-se ainda, é preciso acrescentar, à sua presença em shows e nos meios de comunicação de massa, sobretudo nos anos 70. À época, quando a chamada MPB esteve intimamente associada ao movimento estudantil --alvos permanentes da vigilância dos órgãos de repressão da ditadura militar-- Vinicius, ao lado de seu parceiro Toquinho, lotava os auditórios universitários. Boates, cervejarias e casas de espetáculo nacionais e internacionais também faziam parte do circuito da dupla, que instaurava, em meio às sombras daqueles tempos, um rastro de liberdade e alegria por onde passasse.
Este breve livro tenta uma visão equilibrada, focalizando a palavra do poeta nos poemas (capítulo 1) e nas canções (capítulo 2). No primeiro caso, abrindo mão de quadros amplos, fases, influências, vão-se examinar determinadas constantes e/ou variantes temáticas e formais, privilegiando-se a leitura de poemas. No segundo, a atenção estará voltada para determinados traços caracterizadores do cancioneiro de Vinicius, com destaque para os momentos que solidificaram sua prática composicional. A abordagem interpretativa privilegia, desse modo, pequenos sinais, elementos mínimos nos quais esperamos reconhecer alguns marcos de entrada na vasta obra de Vinicius. O convite, afinal, foi ele próprio quem nos fez, a todos, em "Poética (II)": "Entrai, irmãos meus!". "
"Folha Explica Vinicius de Moraes"Autor: Eucanaã FerrazEditora: PublifolhaPáginas: 114Quanto: R$ 17,90Onde comprar: nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha
A.O.
quarta-feira, março 12, 2008
A Garota da vez.....!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Infância e adolescência:
Winehouse nasceu numa área suburbana de Enfield, Londres, numa família judaica de quatro elementos com tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tem ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse.
Cresceu no subúrbio de Southgate e fez os estudos na instituição de ensino Ashmole School. Por volta dos dez anos, Winehouse funda uma banda amadora - e de curta vida útil - de rap chamada "Sweet 'n' Sour, as Sour". Ela descreveu a banda como sendo "the little white Jewish Salt 'n' Pepa" ("a pequena Salt 'n' Pepa judaica").
Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de idade e por volta dos 16 anos, já cantava profissionalmente ao lado de uma amiga cantora de soul, Tyler James.
Início da carreira:
Seu álbum de estréia, "Frank" (2003), foi indicado para o Mercury Music Prize. Em 14 de fevereiro de 2007 ela ganhou um Brit Award por Melhor Artista Feminina Britânica entregue pela Baby Spice, Emma Bunton.
Back to Black:
Seu segundo álbum, "Back to Black", recebeu 6 indicações para o Grammy 2008,incluindo os quatro principais ( Revelação do Ano, Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano) e ganhou 5. Back to Black também teve grande sucesso comercial, sendo o disco mais vendido de 2007 , com 6 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.
Durante o EMA 2007, Amy recebeu um prêmio surpresa: Foi feita uma votação entre os artistas de mais destaque nesse ano para saber qual o artista que merecia ganhar, tendo sido Amy a mais votada. Artistas como Rihanna, Chris Brown e Fergie disseram que ela merece uma vez que é original, tem uma voz incrível e um ritmo único.
Escândalos
Ultimamente tem-se debatido, juntamente com o seu marido, com problemas relacionados com drogas, tendo várias vezes tentado superar o vício em clínicas de desintoxicação. Os tablóides britânicos a elegeram como alvo preferencial, destronando deste modo Pete Doherty (líder dos Babyshambles) como junkie mais famoso da Grã-Bretanha.
Seu empresário a abandonou ao descobrir que no ônibus da turnê, Amy usava heroína.
No dia 22/01/08, um video com Amy usando crack e outras drogas saiu no site de tabloides The Sun. Esse video podia mudar a vida de Winehouse, pois sua familia e amigos não sabiam o que fazer com ela, mas 25/01, foi internada em uma clinica de reabilitação, sendo vigiada 24 horas por dia. O video pode ser visto no site [1].
Em função das polêmicas, o governo dos EUA negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, realizada em 10 de fevereiro em Los Angeles. A pedido dos organizadores, Winehouse deveria cantar numa performance direto de Londres, onde mora e cumpre seus tratamentos anti-drogas.
Foi apanhada com uma substância branca no seu nariz, como se fosse pó, alimentando os rumores de que ela não parou de se drogar.
Winehouse nasceu numa área suburbana de Enfield, Londres, numa família judaica de quatro elementos com tradição musical ligada ao jazz. Seu pai, Mitchell Winehouse, era motorista de táxi e sua mãe, Janis, farmacêutica. Amy tem ainda um irmão mais velho, Alex Winehouse.
Cresceu no subúrbio de Southgate e fez os estudos na instituição de ensino Ashmole School. Por volta dos dez anos, Winehouse funda uma banda amadora - e de curta vida útil - de rap chamada "Sweet 'n' Sour, as Sour". Ela descreveu a banda como sendo "the little white Jewish Salt 'n' Pepa" ("a pequena Salt 'n' Pepa judaica").
Ganhou a sua primeira guitarra elétrica aos 13 anos de idade e por volta dos 16 anos, já cantava profissionalmente ao lado de uma amiga cantora de soul, Tyler James.
Início da carreira:
Seu álbum de estréia, "Frank" (2003), foi indicado para o Mercury Music Prize. Em 14 de fevereiro de 2007 ela ganhou um Brit Award por Melhor Artista Feminina Britânica entregue pela Baby Spice, Emma Bunton.
Back to Black:
Seu segundo álbum, "Back to Black", recebeu 6 indicações para o Grammy 2008,incluindo os quatro principais ( Revelação do Ano, Álbum do Ano, Gravação do Ano e Música do Ano) e ganhou 5. Back to Black também teve grande sucesso comercial, sendo o disco mais vendido de 2007 , com 6 milhões de cópias vendidas no mundo inteiro.
Durante o EMA 2007, Amy recebeu um prêmio surpresa: Foi feita uma votação entre os artistas de mais destaque nesse ano para saber qual o artista que merecia ganhar, tendo sido Amy a mais votada. Artistas como Rihanna, Chris Brown e Fergie disseram que ela merece uma vez que é original, tem uma voz incrível e um ritmo único.
Escândalos
Ultimamente tem-se debatido, juntamente com o seu marido, com problemas relacionados com drogas, tendo várias vezes tentado superar o vício em clínicas de desintoxicação. Os tablóides britânicos a elegeram como alvo preferencial, destronando deste modo Pete Doherty (líder dos Babyshambles) como junkie mais famoso da Grã-Bretanha.
Seu empresário a abandonou ao descobrir que no ônibus da turnê, Amy usava heroína.
No dia 22/01/08, um video com Amy usando crack e outras drogas saiu no site de tabloides The Sun. Esse video podia mudar a vida de Winehouse, pois sua familia e amigos não sabiam o que fazer com ela, mas 25/01, foi internada em uma clinica de reabilitação, sendo vigiada 24 horas por dia. O video pode ser visto no site [1].
Em função das polêmicas, o governo dos EUA negou visto à artista para cantar no Staples Center, sede da 50ª edição do Grammy, realizada em 10 de fevereiro em Los Angeles. A pedido dos organizadores, Winehouse deveria cantar numa performance direto de Londres, onde mora e cumpre seus tratamentos anti-drogas.
Foi apanhada com uma substância branca no seu nariz, como se fosse pó, alimentando os rumores de que ela não parou de se drogar.
AO VIVO GRAVADO EM BERLIM
TEMPODROM
01 - Addicted
02 - Just Friends
03 - Tears Dry on Their Own
04 - He Can Only Hold Her
05 - Back To Black
06 - Wake Up Alone
07 - Love is a Loosing Game
08 - Cupid
09 - You Are Wondering Now
10 - Brother
11 - You Know I´m no Good
12 - Rehab
13 - Me and Mrs Jones
14 - Valerie
Assinar:
Postagens (Atom)