quarta-feira, abril 23, 2008

RETIREM O QUE EU DISSE A RESPEITO DE RITA E ESCUTEM ESSE DISCO.!!! UM ABSURDO EU FALAR ASSIM!!


+ Na época da gravação do disco, Rita começou a sentir que o interesse do presidente da Philips, André Midani, em sua pessoa, era bem mais do que apenas musical. Os dois começaram um affairzinho que Rita levou adiante um pouco por querer se vingar de Arnaldo (que não gostava de André), um pouco por querer ver seu disco bem trabalhado. Não adiantou nada: a gravadora não gostou do disco, nem investiu um tostão furado. Rita rompeu ao mesmo tempo com André e com a Philips, puta da vida, no meio de uma reunião do tal "grupo de trabalho" da Philips (para a qual tinha ido viajando de ácido).
+ Rola uma lenda que algumas letras do disco Atrás do porto... teriam sido censuradas, o que teria abortado ainda mais o processo. Se é lenda ou não, o fato é que o logotipo do disco lembra vagamente a bandeira do Brasil. E a tal "cidade" da capa lembra muito um mapa do Brasil também. Lendas e mais lendas...
+ A ficha técnica do disco foi toda escrita à mão por Rita, em forma de diário - algo que foi mantido na versão CD. Entre um crédito e outro, há mensagens cifradas (como o agradecimento a "baurets"), recados pessoais e verdadeiras crônicas do momento pelo qual Rita passava, gravando um disco e querendo vê-lo acontecer.
+ Além do disco, há gravações de Rita na Philips que só saíram em singles ou em coletâneas, como "Paixão da minha existência atribulada" (ao lado de Lucia Turnbull) e "Nessa altura dos acontecimentos", além das três faixas ao vivo do LP Hollywood Rock, de 1975 (breve neste blog), "E você ainda duvida?", "Minha fama de mau" e "Mamãe Natureza". Há também um dueto entre Rita e Erasmo Carlos, "Minha fama de mau", que saiu num disco de carreira de Erasmo, Erasmo Carlos Convida..., de 1980. Nenhuma dessas gravações foi resgatada em CD.
+ O encarte do LP original - mantido na reedição em CD - trazia um pôster da banda, no maior clima lambisgóia-new-york-dolls (com destaque para Rita quase fantasiada de Ziggy Stardust).
+ A resenha ao lado é sobre o disco Atrás do porto tem uma cidade e foi publicada num site norte-americano especializado em música brasileira. Sente só: "Now officially no longer a member of Os Mutantes, Lee pursues a fairly similar musical direction - proggish boogie rock which they hope will pass as glam. Her new band, Tutto Frutto, dress like Gary Glitter clones, but they play fairly belabored, sometimes math-y, guitar rock... the most interesting touch is a frequently-used rising synth riff, lifted straight out of the Zombies' "Hung Up On A Dream". This is still borderline noteworthy, but (in all honesty) still a bit hard to take. If you were able to hang with the later Mutantes albums, then this might also work for you".
+ Além de Atrás do porto..., Rita ainda chegou a iniciar as gravações de um segundo disco com o Tutti-Frutti pela Philips. O disco, que seria a primeira produção assinada por Liminha, não foi lançado por causa da rescisão de contrato de Rita com a Philips. Mas nos anos 90, o jornalista e investigador musical Marcelo Fróes (também editor do tablóide International Magazine) tentou lançar o disco, já em CD. Marcelo teve apoio de Rita, mas esbarrou em problemas com um dos músicos do Tutti Frutti, que registrou o nome da banda (coisa que nem Rita fez) e exigiu receber royalties. Uma pena.
por Enio Martins

1 De pés no chão
(Rita Lee)
2 Yo no creo pero...
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
3 Tratos à bola
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
4 Menino bonito
(Rita Lee)
5 Pé de meia
(Rita Lee)
6 Mamãe natureza
(Rita Lee)
7 Ando jururu
(Rita Lee)
8 Eclipse do cometa
(Rita Lee)
9 Círculo vicioso
(Lee Marcucci - Luiz Carlini - Rita Lee)
10 Atrás do porto tem uma cidade
(Rita Lee)

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A.O.

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