Nesse livro, Nathaniel Phillbrick narra, com muita clareza, o sofrimento e a luta pela sobrevivencia de 20 naufragos de uma baleeira. Provenientes de Nantucket, os marinheiros saem para o mar em busca do petróleo da época, óleo de baleia. A ilha tem tradição em formar caçadores desses grandes mamiferos, jovens são recrutados e tem o prazer em exercer tal função. Com 27 anos, muitos já eram capitaes.
Em viagens que duravam at´e dois ou tres anos em alto mar, os marinheiros passavam por poucas e boas para voltarem satisfeitos para casa, voltar sem o minimo de óleo era uma vergonha para o capitão.
Mas como os sabios indios falavam "tudo que é feito na natureza volta ao homem branco". E assim foi, nada esperado, de um animal tão dócil quanto a baleia, o revide foi cruel. Um primeiro aviso, uma trombada, logo viram o animal se afastar em uma distancia de mais ou menos trezentos metros, meia volta e, deixando um restro branco na agua devido sua impulsão, proporcionou a segunda colisão. Essa extrememente mais catastrofica que a primeira, deixando uma imensa rupção no casco, fazendo com que os marujos só tivessem uma escolha, assegurar seus mantimentos de agua doce e comida e, em duas baleeiras, serem expectadores do naufrágio do gigante Essex.
Ai sim começa a narrativa cruel. Dentro de duas pequenas baleeiras, no meio do pacifico, a deriva, expostos ao sol infernal e as chuvas torrenciais e com mantimentos de comida e bebida muito restritos, eles começaram a penar. Resistiram ao maximo da condição humana, seus corpos cobertos por bolhas, a boca extremamente seca com a falta de agua e a exposição ao sal marinho, seus organismos começaram a padecer. Não bastasse, a unia ilha que conseguiram chegar era de coral, a unica fonte de agua doce ficava abaixo do nivel da agua salgada, na mare alta. Sofrimento.
Forçados a sairem, entraram a deriva denovo, mas 3 resolveram ficar. As duas baleeiras, depois de reformadas, voltaram ao mar, sem sorte, foram atacados mpor uma orca, logo apos, uma tempestade que os fizeram separar.
Com duvidas e escolhas direcionais para não encontrar os selvagens canibais, acabaram como eles, sem comida, se viram obrigados a comerem a carne dos companhiros que faleciam. Quando a morte nao era natural, faziam o jogo do azar, aquele que ao acaso pegasse o menos pedaço de papel seria executado para servir de alimento aos outros. Infelicidade de quem pegou, foi comido. Isso foi até uma baleeira ser resgatada e, logo apos, ha umas milhas dali, a outra. Levados a costa chilena para serem tratados, avisaram dos tres tripulantes que permaneceram na ilhe e, apos 2 meses, voltaram a Nantucket.
Dos 20 apenas 8 sobreviveram, tres na ilha, tres em uma baleeira e dois em outra.
Atravez dos relatos dos sobreviventes, arquivos, analises descritivas e observação direta, o autor escreve essa emocionante e drastica sujeição as forças da natureza. Não esquecendo das consequentes sequelas adquiridas pela experiencia.
Tudo isso inspira Melville a escrever o romence Moby Dick.
CONTRACAPA:Nunca se imaginara que uma baleia pudesse atacar um navio. Em 1820, porém, o baleeiro Essex foi abalroado por um cachalote enfurecido e afundou rapidamente. Os marujos reuniram o que puderam em três botes e, durante três meses, navegaram milhares de milhas pelo Pacífico em busca de salvação. Os rigores da natureza, a fome e a sede lhes impuseram sofrimentos atrozes e os levaram aos extremos da loucura, da morte e do canibalismo.Esta é a história verídica que, no século XIX, inspirou Herman Melville a escrever "Moby Dick", e que o historiador Nathaniel Philbrick reconstitui aqui em todos os detalhes, apoiado em ampla pesquisa e fontes inéditas. Uma tragédia vivida por pessoas reais e que põe em questão os limites da capacidade de sobrevivência humana.
ORELHA:O naufrágio do navio baleeiro Essex, no século XIX, foi um acontecimento tão comentado nos Estados Unidos quanto o naufrágio do Titanic no século XX. Abalroada duas vezes por uma baleia - que a golpeou com a cabeça -, a embarcação afundou rapidamente. O episódio inspirou Herman Melville a escrever sua obra mais conhecida, "Moby Dick". Entre a realidade e o romance, porém, há uma diferença fundamental: em Melville, o naufrágio é o clímax que encerra a história do confronto do capitão Ahab com a baleia branca; na vida real, ele foi o início de uma terrível provação para os tripulantes do Essex.Amontoados em três botes, numa região remota do Oceano Pacífico, os marujos navegaram durante três meses, percorrendo milhares de milhas em mar aberto, na esperança de encontrar terra firme ou um navio que os salvasse. A escassez de água e comida os submeteu aos horrores da inanição e da desidratação, da doença e da loucura, e os levou aos extremos da morte e do canibalismo.Mais do que uma aventura, a tragédia desses homens simples - alguns ainda adolescentes - desafia o leitor a refletir sobre a capacidade de resistência do espírito humano diante de adversidades insuperáveis.Nathaniel Philbrick, grande conhecedor da história de Nantucket, é diretor do Egan Institute of Maritime Studies e pesquisador da Nantucket Historical Association. Escreveu vários livros, entre eles "Away off Shore: Nantucket Island and its People, 1602-1890" e "Abram´s Eyes: The Native American Legacy of Nantucket Island". Velejador campeão, vive em Nantucket, Massachusetts.
A.O.
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