A favor ou contra a construção de uma usina Hidrelétrica? Pontos fundamentais de discussão norteiam esse dilema politico tratado com imparcialidade pelo atual governo. Que o Brasil tem um enorme potencial energético gerado por sua grande constituição hídrica todo mundo sabe, agora, isso se faz necessário? Discussões como o final dos apagões, o progresso energético do pais etc etc são defendidas por aqueles que, por mais 4 anos, pretendem se fincar no Palácio do Planalto. Por trás disso, o investimento de 19 bilhões de Reais, tendo 72% desse valor financiado pelo BNDES, é de fazer os olhos de empreiteiros crescerem com a concretização dessa barragem.
O fato de destruírem com aldeias indígenas, acabarem com o processo natural e a degradação ambiental, se da como insignificante perto das conquistas que poderão vir. Alem do que .... índio vota? índio paga imposto? quantos índios vivem em cada tribo? 100? 50? 30? Para que se preocupar com essa ínfima parte da população brasileira? afinal, desde que os progressistas dos portugueses chegaram em território nacional para levar o Brasil rumo ao Super Desenvolvimento, os índios não mexeram uma agulha, pelo contrario, quando foram escravizados não gostavam de trabalhar, quando queremos colocar nossos bois para pastar lá estão eles brigando para não cortamos suas miseras árvores, agora isso? Pô Dra. Dilma, Sr. Lula e excelentíssimos governantes, acaba com esse povo logo!!! Da mesma maneira que podemos acabar com os argentinos: Abram as comportas e joga toda sujeira de baixo do tapete ..... ops da Água!!
Afinal, onde eles pensam que estão????
Abaixo texto de Marina Silva (pelo menos uma), publicado na Carta Capital deste mes.
Represa de erros
Por Marina Silva
Estão evidentes a complexidade e os riscos envolvidos na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.
Erros há 20 anos represados, sobram dúvidas e incertezas sobre a viabilidade econômica e a extensão dos impactos socioambientais do empreendimento.
Apesar de todas as manifestações em contrário, o governo se mantém indiferente. Fez-se o leilão semana passada e anunciou-se um vencedor, apesar da insegurança jurídica do processo e a fragilidade dos arranjos societários de última hora. Vê-se o direcionamento de todos os instrumentos de políticas públicas para viabilizar um projeto estrategicamente ruim, caro e de altíssimo risco socioambiental.
Enquanto isso, pouco se faz para reduzir perdas da ordem de 15% em energia no país, o equivalente a três vezes a capacidade média de Belo Monte. E o processo em curso aponta mais desperdício: Belo Monte terá uma produção energética efetiva bem menor do que sua capacidade total -4.428 MW, em função do regime hídrico do rio e da configuração do projeto, e não os 11.223 MW anunciados.
Surpreendem também as condições à disposição dos interessados em comercializar a energia gerada pelo rio Xingu. Tem-se R$ 13,5 bilhões em crédito subsidiado pelo BNDES, com prazo de 30 anos para pagamento, a juros de 4% ao ano.
Isenção de impostos sobre os lucros, o comprometimento do capital de empresas estatais e de fundos de pensão e, de quebra, o absurdo comprometimento de licenciamento ambiental com prazo preestabelecido para a obra começar já em setembro. Mesmo assim, as duas empresas privadas que melhor conheciam o projeto não participaram do leilão.
Preferem a posição de contratadas aos de investidoras, enquanto outras, vitoriosas, ameaçam desistir dos benefícios aparentemente irrecusáveis. Imaginem se todas essas condições excepcionais fossem para melhorias da eficiência do sistema elétrico e para redução da demanda por energia?
A política energética em curso é manca: apoia-se apenas no aumento da oferta sem investir na diversificação, na conservação e na gestão do mercado. Temos um sistema com elevadas perdas por desvio, manutenção precária e pouco incentivo para o uso de técnicas construtivas de maior eficiência energética. Definitivamente precisamos expandir a oferta de energia, mas não necessitamos, para isso, manter a cultura do desperdício e comprometer o patrimônio ambiental e os recursos do país, quando temos alternativas de geração.
A.O.
O fato de destruírem com aldeias indígenas, acabarem com o processo natural e a degradação ambiental, se da como insignificante perto das conquistas que poderão vir. Alem do que .... índio vota? índio paga imposto? quantos índios vivem em cada tribo? 100? 50? 30? Para que se preocupar com essa ínfima parte da população brasileira? afinal, desde que os progressistas dos portugueses chegaram em território nacional para levar o Brasil rumo ao Super Desenvolvimento, os índios não mexeram uma agulha, pelo contrario, quando foram escravizados não gostavam de trabalhar, quando queremos colocar nossos bois para pastar lá estão eles brigando para não cortamos suas miseras árvores, agora isso? Pô Dra. Dilma, Sr. Lula e excelentíssimos governantes, acaba com esse povo logo!!! Da mesma maneira que podemos acabar com os argentinos: Abram as comportas e joga toda sujeira de baixo do tapete ..... ops da Água!!
Afinal, onde eles pensam que estão????
Abaixo texto de Marina Silva (pelo menos uma), publicado na Carta Capital deste mes.
Represa de erros
Por Marina Silva
Estão evidentes a complexidade e os riscos envolvidos na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará.
Erros há 20 anos represados, sobram dúvidas e incertezas sobre a viabilidade econômica e a extensão dos impactos socioambientais do empreendimento.
Apesar de todas as manifestações em contrário, o governo se mantém indiferente. Fez-se o leilão semana passada e anunciou-se um vencedor, apesar da insegurança jurídica do processo e a fragilidade dos arranjos societários de última hora. Vê-se o direcionamento de todos os instrumentos de políticas públicas para viabilizar um projeto estrategicamente ruim, caro e de altíssimo risco socioambiental.
Enquanto isso, pouco se faz para reduzir perdas da ordem de 15% em energia no país, o equivalente a três vezes a capacidade média de Belo Monte. E o processo em curso aponta mais desperdício: Belo Monte terá uma produção energética efetiva bem menor do que sua capacidade total -4.428 MW, em função do regime hídrico do rio e da configuração do projeto, e não os 11.223 MW anunciados.
Surpreendem também as condições à disposição dos interessados em comercializar a energia gerada pelo rio Xingu. Tem-se R$ 13,5 bilhões em crédito subsidiado pelo BNDES, com prazo de 30 anos para pagamento, a juros de 4% ao ano.
Isenção de impostos sobre os lucros, o comprometimento do capital de empresas estatais e de fundos de pensão e, de quebra, o absurdo comprometimento de licenciamento ambiental com prazo preestabelecido para a obra começar já em setembro. Mesmo assim, as duas empresas privadas que melhor conheciam o projeto não participaram do leilão.
Preferem a posição de contratadas aos de investidoras, enquanto outras, vitoriosas, ameaçam desistir dos benefícios aparentemente irrecusáveis. Imaginem se todas essas condições excepcionais fossem para melhorias da eficiência do sistema elétrico e para redução da demanda por energia?
A política energética em curso é manca: apoia-se apenas no aumento da oferta sem investir na diversificação, na conservação e na gestão do mercado. Temos um sistema com elevadas perdas por desvio, manutenção precária e pouco incentivo para o uso de técnicas construtivas de maior eficiência energética. Definitivamente precisamos expandir a oferta de energia, mas não necessitamos, para isso, manter a cultura do desperdício e comprometer o patrimônio ambiental e os recursos do país, quando temos alternativas de geração.
A.O.